Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

MÍDIA

Revelações sobre caso Marielle consolidam ruptura entre Globo e Bolsonaro

Especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato analisam ataques do presidente à emissora após reportagem do Jornal Nacional

30.out.2019 às 18h52
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
São Paulo (SP)
Lu Sudré
Durante 23 minutos da live, com os ânimos visivelmente alterados, Bolsonaro ofendeu a emissora

Durante 23 minutos da live, com os ânimos visivelmente alterados, Bolsonaro ofendeu a emissora - Reprodução/TV Globo

Exaltado, Jair Bolsonaro (PSL) atacou a TV Globo na noite desta terça-feira (29), por meio de uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. A reação do presidente se deu em resposta à reportagem veiculada pelo Jornal Nacional sobre novas revelações que relacionam os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco a ele.

De acordo com a reportagem, horas antes do assassinato, em 14 março de 2018, Élcio Vieira de Queiroz, acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime, teria anunciado na portaria do Condomínio Vivendas da Barra que iria visitar Jair Bolsonaro e acabou indo até a casa do PM reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. 

O possível envolvimento de Bolsonaro poderia levar a investigação do assassinato de Marielle ao Supremo às esferas federais, e o julgamento ao Tribunal Federal (STF), pelo fato do presidente ter foro privilegiado. Na tarde desta quarta-feira (30), porém, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou em coletiva de imprensa que o porteiro que citou o presidente em seu depoimento mentiu. Essa informação não constava na reportagem da TV Globo.

Conforme o JN veiculou, no dia do fato, o político estava em Brasília e não em sua casa no Rio de Janeiro. Ainda assim, durante os 23 minutos da transmissão ao vivo, com os ânimos visivelmente alterados, Bolsonaro ofendeu a emissora. 

"É uma canalhice o que vocês fazem. Uma ca-na-lhi-ce, TV Globo. Uma canalhice fazer uma matéria dessas em um horário nobre, colocando sob suspeição que eu poderia ter participado da execução da Marielle Franco, do PSOL”, disse. 

“Vocês, TV Globo, o tempo inteiro infernizam a minha vida, porra! […] Agora, Marielle Franco, querem empurrar pra cima de mim? Patifes, canalhas, não vai colar! Não devo nada a ninguém!”, continuou o presidente. "Por que, TV Globo? Por que, revista Época? Essa patifaria por parte de vocês. Deixe eu governar o Brasil. Vocês perderam."

Concessão pública

Em outro momento da transmissão ao vivo, Bolsonaro citou o processo de renovação da concessão pública da TV Globo, que vence em abril de 2023, dando a entender que estaria em seu poder renovar ou cancelar a concessão. 

"Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá. Porque o processo de renovação da concessão não vai ser perseguição, nem pra vocês, nem para TV ou rádio nenhuma, mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho pra vocês nem pra ninguém", afirmou.

Porém, conforme o artigo 223 da Constituição, após análise do presidente, o Congresso pode referendar ou derrubar o ato presidencial em votação nominal de 2/5 das Casas. 

Na avaliação de Rogério Christofoletti, coordenador do Observatório da Ética Jornalística da Universidade Federal de Santa Catarina (ObjETHOS/UFSC) e professor da instituição, a postura do presidente é muito preocupante e instaura uma “guerra franca” entre o político e o grupo Globo.

“Concessões não podem ser não aprovadas porque o presidente não quer. É uma ameaça pública a uma emissora de TV, o que representa um ataque a democracia.  É muito temerário quando um presidente da República adota uma postura de não reconhecimento do jornalismo como um ator social que faz o escrutínio em nome da população para investigar as ações do governo”, afirma Christofoletti. 

O pesquisador faz a ressalva de que, analisando o histórico da TV Globo, é perceptível que a emissora atuou com o objetivo de perpetuar os mesmos grupos nas instâncias de poder do país, e agrega que a emissora deveria fiscalizar outros órgãos como o Judiciário e o Congresso Nacional da mesma forma que fez com o presidente. 

“Ela [Globo] tem que ser critica a qualquer governo. É isso que se espera de uma emissora de TV que tem uma concessão pública e contrapartidas sociais previstas na nossa lei, na Constituição”, comenta o coordenador do ObjETHOS.

Em nota publicada após os ataques de Bolsonaro, a TV Globo alegou que “não fez patifaria, nem canalhice” ao publicar a reportagem que relaciona o presidente aos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco.

“A Globo lamenta que o presidente revele não conhecer a missão do jornalismo de qualidade e use termos injustos para insultar aqueles que não fazem outra coisa senão informar com precisão o público brasileiro. Sobre a afirmação de que, em 2022, não perseguirá a Globo, mas só renovará a sua concessão se o processo estiver, nas palavras dele, enxuto, a Globo afirma que não poderia esperar dele outra atitude. Há 54 anos, a emissora jamais deixou de cumprir as suas obrigações”, diz o texto. 

Jogo ambíguo

Segundo Laurindo Leal Filho, jornalista e sociólogo, o tensionamento entre a TV Globo e Bolsonaro cresceu com as novas revelações. Para ele, a Globo foi em grande parte responsável pela eleição de Bolsonaro ao tratar sua candidatura e a de Fernando Haddad (PT) como se fossem equivalentes, a chamada “teoria dos dois demônios”.

No entanto, na opinião do jornalista, os primeiros meses de 2019 tornaram evidente que a Globo estaria mais confortável se um candidato do PSDB tivesse sido eleito, por conta das polêmicas e trapalhadas do governo.

Apesar dos desacordos, Leal Filho avalia que a inimizade entre a maior emissora de TV do Brasil e o governo se ameniza quando o assunto é a agenda econômica.

“Nas questões de comportamento, Bolsonaro não atendia os interesses da Globo. Atende, na verdade, os interesses econômicos. Tanto que não há nenhuma crítica à reforma da Previdência, que continua passando incólume pela emissora”, comenta o também professor da Universidade de São Paulo (USP). 

“Em relação as questões econômicas, a Globo continua blindando, não ataca Bolsonaro. Ela joga com a ambiguidade. Agora está sentindo que Bolsonaro não tem nenhum compromisso com ela e está muito mais voltado a dar apoio e reciprocidade pro SBT e a Record”, complementa.

"Acabou a mamata"

Outro ponto abordado por Bolsonaro em tom de ameaça é a decisão sobre o destino das verbas de publicidade estatal. 

“Vocês querem arrebentar com o Brasil. Estava muito bem com governos anteriores, mamavam bilhões de estatais. Acabou a teta, não tem mais dinheiro público pra vocês”, disse o presidente à TV Globo. 

Rogério Christofoletti explica, entretanto, que a Instrução Normativa nº 7 da Secretaria de Comunicação da Casa Civil da Presidência, publicada em dezembro de 2014, afirma que a distribuição da verba publicitária deve se orientar por critérios técnicos e transparentes, não políticos.

“O presidente vai usar isso como cabo de guerra mas não basta apenas que ele feche as torneiras. Esse processo não é fácil. Há contratos que foram feitos e há expectativa da população de ver públicos os atos do governo. Claro que haverá chiadeira de todas as partes. Isso não é novo. Nos Estados Unidos o Trump fez a mesma coisa. Mas lá, os freios e contrapesos têm feito com que ele recue. Aqui temos que esperar que os freios da democracia funcionem”, diz ele. 

Mobilizações populares

Já Laurindo Leal Filho não descarta que, com o desgaste da relação entre Bolsonaro e Globo, a emissora inicie uma articulação substituir de o presidente por seu vice, o general Hamilton Mourão. 

“Podemos admitir a possibilidade de uma situação semelhante a do Collor, quando a Globo entrou de cabeça no impeachment. A emissora foi responsável pelos caras pintadas, que levaram o Collor ao impeachment. Como ela tem um poder muito maior que Record e SBT, é plausível que isso venha a acontecer. Não deve se deixar de ver no horizonte da Globo impulsionar manifestações populares contra o Bolsonaro como fez contra o Collor”, finaliza o jornalista.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: jornal nacionalMPtv globo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Dia contra LGBTfobia

‘Não há políticas públicas efetivas para LGBTs no ABC paulista’, lamenta coordenador de pesquisa

Artigo

O impacto da COP30 na elevação dos preços de hospedagem em Belém

solidariedade

Nakba: 77 anos da catástrofe palestina será lembrada em atividade no Rio

VIEJO QUERIDO

Entre lágrimas e punhos erguidos, Uruguai se despede de Pepe Mujica

Migração

Portabilidade de consignado para CLT entre bancos começa a valer

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.