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Início Política

Instabilidade

Ataques a indígenas e bloqueio informativo marcam primeiro dia do golpe na Bolívia

Fontes locais ouvidas pelo Brasil de Fato relatam clima de apreensão e medo entre a população local

11.nov.2019 às 17h42
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
"É um golpe profundamente racista", denuncia militante do movimento Feminismo Comunitário Antipatriarcal da Bolívia

"É um golpe profundamente racista", denuncia militante do movimento Feminismo Comunitário Antipatriarcal da Bolívia - Esquerda Diário

Após o golpe cívico-militar que levou à renúncia do presidente boliviano Evo Morales, o cenário nas ruas do país nesta segunda-feira (11) é de  apreensão entre a população local. A militante feminista Erika Calle, que vive em La Paz, disse à reportagem que a Bolívia beira uma “guerra civil” e que a situação neste momento é “muito difícil”, com “muita violência de todos os lados”.  

Outras características se somam ao contexto de instabilidade institucional do país. Em entrevista ao Brasil de Fato, a militante Adriana Guzman, do movimento Feminismo Comunitário Antipatriarcal da Bolívia, disse que há um bloqueio de informações para a população, que estaria sem acesso a uma narrativa transparente sobre o que se passa nos diferentes poderes institucionais do país.   

“Na Bolívia, os meios de comunicação são propriedade dos empresários e dos grupos de poder, que não estão deixando clara a ideia de que é um golpe de Estado e um golpe às organizações sociais, um golpe racista. Não se está difundindo o que está ocorrendo, que estão queimando as sedes das organizações sociais campesinas, das organizações sociais indígenas e os espaços que têm tido movimentos socialistas”, critica, acrescentando ainda que casas de autoridades indígenas e dirigentes populares também estão sendo alvo de incêndio e ataques.   

Guzman destaca também o caráter opressor do movimento de oposição que levou à renúncia de Evo: “É um golpe fundamentalista porque devolve a Bíblia ao Palácio, coloca o país nas mãos de Deus e todas essas coisas. É um golpe profundamente racista, porque busca identificar as mulheres e os homens originários de todas as organizações e os ataca”. 

A declaração da ativista é uma referência à postura de Luis Fernando Camacho, líder de oposição, que tem formação católica, mas mantém relações estreitas também com igrejas evangélicas de caráter mais extremista.

Entre outras coisas, ele chegou a afirmar recentemente que “faria com que Deus voltasse ao Palácio Queimado”, sede oficial do governo boliviano. No Brasil, Camacho tem interlocução com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também de perfil conservador.

“Para mim, é um retrocesso, porque muitos dos direitos obtidos estão em perigo, caso entre Camacho, que liderou o golpe. Ele é um católico inveterado e tratará de mudar leis que foram conquistadas com trabalho e luta”, projeta a militante Erika Calle.

O comunicador Jose Aramayo, diretor da Radio Comunidade, está na região central da capital boliviana e contou à reportagem que a população da cidade está tomada por um “clima de medo”.   

“Neste momento, muitos cidadãos estão se mobilizando pra defender este golpe de Estado que está realizando a direita juntamente com a polícia e os comitês cívicos. E, por outro lado, também há grupos que estão em barricadas para defender possíveis ataques de vândalos. Não há polícia que possa controlar", relata.

Repercussão

A situação de instabilidade institucional que tomou conta da Bolívia continua gerando manifestações e mobilizações de diferentes lados neste começo de semana. Nas últimas horas, a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) destacou, por meio de sua conta no Twitter, que Morales “foi destituído por um golpe militar, teve a casa invadida pela polícia e sofreu um mandado de prisão ilegal”. Ela classificou a ofensiva como “um atentado gravíssimo à democracia na América Latina e uma violência contra o povo boliviano”.  

Em outra mensagem publicada na sequência, a ex-mandatária citou o jogo de forças que marca o atual contexto do continente: “Os golpes voltaram à América Latina. Sejam parlamentares e judiciários, sejam militares, devemos repudiar e combater fortemente essa tendência. O que aconteceu com o presidente Evo mostra a repulsa das elites latino-americanas à democracia sempre que perdem eleição”.

Líder de esquerda, o ex-primeiro ministro da Grécia Alexis Tsipras afirmou, também via Twitter, que se tenta “retornar aos dias sombrios dos golpes de Estado e da violência” na Bolívia. Ao demonstrar solidariedade a Morales e ao povo do país, ele disse que “Evo não está sozinho”.

Já o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que havia feito uma primeira manifestação oficial no domingo (10), pediu, nesta segunda (11), pela segurança dos diferentes atores políticos e populares do país latino: “Quebrou-se a legalidade e se deve velar pela integridade física de Evo, outros líderes e o povo boliviano”.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o ativista de direitos humanos argentino Adolfo Esquivel pontuou que a crise no país andino afeta o restante do mundo. Ele afirmou se tratar de “um atentado contra todas as democracias” e disse que “não se beneficiam os bolivianos com a violência”, e sim “os Estados Unidos, a OEA e os governos de direita”, aos quais chamou de “cúmplices do ocorrido”, afirmando ainda que estes seriam “incapazes de conviver com uma Bolívia Justa, educada e soberana”.

As mensagens de Dilma, Tsipras, Díaz-Canel e Esquivel foram compartilhadas na rede social do agora ex-presidente boliviano, que também agradeceu as diferentes demonstrações de apoio que tem recebido. Morales afirmou que as manifestações lhes dão “alento, fortaleza e energia”. “Me emocionaram até me fazerem chorar. [Eles] nunca me abandonaram; nunca os abandonarei”, cravou o líder.

Evo também rechaçou os últimos movimentos da oposição e se defendeu, mais uma vez, das críticas: “Os golpistas que assaltaram minha casa e a de minha irmã, incendiaram domicílios, ameaçaram de morte ministros e seus filhos e humilharam uma prefeita agora mentem e tratam de nos culpar pelo caos e a violência que eles têm provocado. A Bolívia e o mundo são testemunhas do golpe”.

Editado por: Rodrigo Chagas
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