Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

repercussões

Golpe e ataques contra indígenas preocupam bolivianos que vivem em São Paulo

Eles integram a maior comunidade estrangeira da cidade, com cerca de 200 mil pessoas; a maioria votou por Evo Morales

18.nov.2019 às 19h56
São Paulo (SP)
José Eduardo Bernardes
Bolivianos fizeram ato em solidariedade aos compatriotas que combatem o golpe de Estado contra Evo Morales

Bolivianos fizeram ato em solidariedade aos compatriotas que combatem o golpe de Estado contra Evo Morales - Elineudo Meira

A Bolívia vive dias de terror desde o golpe de Estado que retirou da presidência Evo Morales (MAS), no último dia 10 de novembro. Até o momento, são 24 mortos e mais de 700 pessoas feridas por se manifestarem contra o golpe. O governo, sob o comando da presidenta autoproclamada Jeanine Áñez, tem estimulado a violência e publicou um decreto isentando os militares de responsabilidade pelas consequências das ações de repressão nos protestos de rua.

No Brasil, a comunidade boliviana, que é uma das maiores do país, com 250 mil pessoas, se mantém em alerta. Muitos têm familiares em cidades onde aconteceram levantes indígenas duramente reprimidos pela polícia. O Brasil de Fato foi às ruas de São Paulo, cidade com o maior número de imigrantes bolivianos — cerca de 200 mil — para entender como as notícias da violência têm repercutido entre os moradores.

A comerciante Inêz Diaz Ledesma, de 64 anos, assim como cerca de 70% da população boliviana no Brasil, votou para que Evo Morales iniciasse seu quarto mandato presidencial. Há 30 anos longe de casa, ela se diz preocupada com os que ficaram em sua terra natal. “Eu sou de Cochabamba e tenho todos os meus filhos lá. Só eu que moro aqui”, afirma. 

O estado de Ledesma foi palco do maior massacre desde o golpe: foram nove mortos na última sexta-feira, em decorrência da violência policial contra os plantadores de coca da região.

Luiz Jacinto, autônomo, lembra dos irmãos que deixou em La Paz. "Estamos preocupados, porque todo boliviano aqui tem uma família que vive lá: um irmão, os pais, os filhos que deixaram na Bolívia. Eu também tenho os meus".

Os conflitos começaram ainda em outubro, quando Morales venceu as eleições em primeiro turno. A oposição, liderada pelo ex-presidente Carlos Mesa (Comunidade Cidadã), que foi derrotado por pouco mais de 10 pontos percentuais, não aceitou o resultado e incitou parte da população a ir às ruas.

Depois de um comunicado da Organização dos Estados Americanos (OEA) indicando irregularidade nas apurações, Morales chegou a convocar novas eleições, mas foi forçado por militares a renunciar. Dias depois, uma análise estatística descartou a possibilidade de fraude na contagem dos votos.

Os conflitos se intensificaram desde o dia 12 de dezembro, quando Morales deixou o país em direção ao México, onde está exilado. Os eleitores dele, principalmente indígenas, pedem seu retorno à Presidência. 

Todos os dias, indígenas dos Andes bolivianos se dirigem até La Paz e Cochabamba, onde protestam contra o golpe. Para os bolivianos que vivem no Brasil, o que mais chama a atenção são as cenas de racismo contra os indígenas e seus símbolos — como a bandeira andina Whipala, queimada por militares e opositores de Morales.

“Como vocês viram, em Santa Cruz [de La Sierra], os indígenas foram humilhados. Até aí, o indígena estava tranquilo. Mas, quando se queima sua bandeira, não. Essa bandeira não é do MAS [Movimento ao Socialismo]. A Whipala é do povo indígena, dos grupos originários, desde a antiguidade. Quando se queima essa bandeira, quando os policiais queimam essa bandeira, isso é o que mais indignou a eles”, aponta Jacinto.

O imigrante Edwin Mendez, que também é de La Paz, concorda: “Pelo menos 70%, 80% de nós, na Bolívia, somos indígenas. Isso nunca deveria ter acontecido”. Ele lembra que ainda estava na Bolívia durante parte dos governos de Morales, “e não queria encontrar com esse tipo de pessoa” — que segundo ele, sempre estiveram por lá. “Agora estão fazendo isso contra nós”, completa.

A distância, todos se sentem impotentes para mudar os rumos do país, mas esperam que os seus parentes e “irmãos” indígenas fiquem a salvo e que a ordem democrática possa se restabelecer no país andino. 

“Acho que [a resistência] vai ter sucesso, porque não vão permitir que entrem outras pessoas discriminando os indígenas”, aponta Luiz Jacinto. 

Inêz Ledesma lembra que foi graças ao presidente Evo Morales “que todos os índios, os camponeses, que não sabiam sequer falar, se situaram como de fato são. Os analfabetos se situaram. E ele soube superar [as diferenças], sem ser profissional, sem ser universitário. Isso é tudo”.

No último domingo (17), milhares de bolivianos ocuparam a avenida Paulista, em São Paulo (SP), para protestar contra o racismo e a violência policial. Na próxima terça (19), às 19h, o Comitê Brasileiro de Solidariedade ao Povo Boliviano contra o Golpe se reúne no bairro Bela Vista para planejar ações em repúdio à violência e ao racismo.

Editado por: Daniel Giovanaz
Tags: bolíviabrasilevo moralesimigraçãoradioagênciasão paulo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

INDIGNAÇÃO

Caso Miguel completa 5 anos: mãe critica lentidão da Justiça

Oportunidade

Mostra Sagarana de Cinema recebe inscrições de filmes; saiba como participar

Acordos e impasses

Rússia e Ucrânia iniciam segunda grande troca de prisioneiros; troca de corpos segue no impasse

Genocídio

Líder da oposição em Israel diz que Netanyahu não representa maioria e pede fim dos ataques a Gaza

Retaliação russa

Rússia mantém retaliação contra Ucrânia com grande ataque aéreo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.