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Início Política

Consciência Negra

Pesquisadora defende análise mais crítica para dados recentes sobre população negra

Para Megg Rayara, professora da UFPR, aumento de pessoas negras nas universidades públicas não condiz com a realidade

20.nov.2019 às 18h53
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas
Professora pela UFPR, Megg é travesti, negra e atualmente coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro da mesma universidade

Professora pela UFPR, Megg é travesti, negra e atualmente coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro da mesma universidade - Divulgação/Unila

Recentemente o Atlas da Violência publicou sua pesquisa referente aos anos de 2017 e 2016, reafirmando o aumento da violência contra a população negra. Em 2017, 75,5% das vítimas de assassinato eram indivíduos negros e em 2016, 71,5%. Entre os estados brasileiros, o Paraná aparece como um dos estados com índices menores de violência contra negros. Porém, o Paraná, historicamente pela via estatal, invisibilizou a existência da população negra, o que pode influenciar os dados.

Em entrevista para o Brasil de Fato Paraná, a pesquisadora Dra. Megg Rayara Gomes de Oliveira analisa alguns destes dados locais e outros nacionais. Professora pela UFPR, Megg é travesti, negra e atualmente coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro da mesma universidade.

Brasil de Fato Paraná: Ano a ano, pesquisas vêm reafirmando o aumento da violência contra a juventude negra. Porém, o Atlas da Violência 2019 coloca o Paraná como um dos estados com menor índice. Como analisar os dados nacionais no contexto paranaense?

 O Paraná sempre procurou apagar a presença negra de sua história. Há um esforço por parte do poder público em construir uma imagem de que a presença negra no estado sempre foi insignificante. Isso afeta inclusive políticas de inclusão, apesar de termos uma população negra, em números oficiais, em torno de 30%. É uma população considerável, porém, não nos vemos em espaços de poder.

Com relação ao mapa da violência, existe um problema com a questão da heterodeclaração das vítimas. Pessoas negras com pele mais clara são consideradas brancas e isso interfere no resultado desses levantamentos. 

Quando consideramos a abordagem policial, que em muitos casos é uma forma de violência, o alvo preferencial são pessoas negras. Percebo um descompasso entre as denúncias dos movimentos sociais e os resultados apresentados pelo estado. Esses números não refletem a realidade.

Ainda no contexto do Paraná, quais dados e análises importantes a serem feitas sobre a violência contra a juventude negra?

Em números exatos, não sei te dizer. Mas todas as pesquisas na área da educação, onde eu atuo, apontam para uma enorme desvantagem dos e das estudantes negros em relação aos estudantes brancos. Os estudantes e as estudantes negros são os que mais abandonam a escola; que mais sofrem punições; são menos encorajados, menos encorajadas, logo são mais expostos a situações de violência. A violência precisa ser contextualizada. Ela não está apartada de outros fatores. O racismo estrutural produz as condições para que a juventude negra seja a mais exposta a situação de violência.

E de que forma combater e fazer o fretamento destes índices que só aumentam e colocam os jovens negros como principais vítimas da violência?

Penso que o combate à violência precisa ser enfrentado em todos os espaços, especialmente por pessoas brancas que são as grandes beneficiadas com o racismo estrutural. Precisamos nos indignar com piadas racistas, com o tratamento desigual na sala de aula, com a ausência de profissionais negras e negros em cargos de poder.

Não é responsabilidade da população negra enfrentar essa situação sozinha. Quando a polícia aborda um grupo de jovens negros diante de jovens brancos, existe um posicionamento ideológico naturalizado que informa para quem o estado trabalha. Que vida vale mais e qual vida pode ser eliminada. Seja por morte, seja pela prisão, ainda que injusta, como aconteceu com o Rafael Braga. Essas ações quando não são questionadas pela população branca significa que ela está apoiando. O privilégio branco se renova cotidianamente nas ações truculentas contra a população negra.

Por último, gostaria que comentasse os dados sobre estudantes negros estarem em maior número nas universidades públicas, segundo pesquisa do IBGE.

Esses dados são uma verdadeira provocação. Um deboche. São números irreais que não encontram eco com a realidade das universidades públicas. As políticas afirmativas impactaram positivamente a presença de pessoas negras nas universidades, mas não ao ponto de serem maioria. Esses dados fantasiosos inflamam os discursos anti-cotas. Acredito que seja uma estratégia desse governo racista para acabar com as políticas afirmativas.

 

 

Editado por: Lia Bianchini

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