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Semiárido

“ASA que voa, Voa sem parar”: 20 anos da ASA Brasil

A ASA vem voando pelo Semiárido, construindo a partir das experiências dos povos outras narrativas sobre a vida por aqui

27.dez.2019 às 06h00
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Fortaleza (CE)
Cristina Nascimento
A ASA afirmou que o Semiárido é lugar de conhecimento e saber, e aqui também encontramos as soluções para nossos problemas.

A ASA afirmou que o Semiárido é lugar de conhecimento e saber, e aqui também encontramos as soluções para nossos problemas. - Foto: Miguel Cela/Cetra

Dona Josefa, mulher negra, quilombola de Sergipe sintetizou em versos e música o movimento da Articulação do Semiárido neste 20 anos de história, “ asa que voa, voa sem parar, esta ASA só vive voando por todo lugar ela quer passar(…) nas famílias mais pobres sem nada ela vai deixando uma paz no lugar(…) por onde ela passa faz resplandecer é alegria do homem do campo que não tinha água para beber(…) voa de noite voa de dia essa ASA foi quem incentivou o agricultor na agroecologia.”

Por isso peço licença a Dona Josefa para fazer dos seus versos a minha inspiração para expressar um pouco o que representa os 20 anos da ASA. Primeiro para quem não conhece a Articulação do Semiárido Brasileiro nasce em 26 de novembro de 1999, em um evento paralelo à 3ª Conferência das Partes da Convenção de Combate à Desertificação e à Seca (COP3) da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no Recife (PE), com a Declaração do Semiárido Brasileiro.

De lá para cá, a ASA vem voando pelo Semiárido, construindo a partir das experiências dos povos outras narrativas sobre a vida por aqui. Primeiro com o Programa Um milhão de Cisternas (P1MC), que propagou a prática de estocar água e alimento, como uma importante estratégia do conviver. E ao propor ao Estado Brasileiro a construção de políticas públicas que considerassem experiências das pessoas do lugar, a ASA afirmou que o Semiárido é lugar de conhecimento e saber, e aqui também encontramos as soluções para nossos problemas.

Desde o início dos anos 2000 a ASA incide junto ao governo para implantação do programa, tendo sido com os governos Lula e Dilma, onde o programa de cisternas passa a compor o orçamento público brasileiro. Celebrarmos mais de um milhão de famílias com cisternas de placas pertinho de casa, é acesso descentralizado à água. Como cantou Dona Josefa, a ASA por onde passa faz resplandecer, é a alegria do homem e da mulher do campo que não tinha água para beber.

Cisternas de placas compõem hoje a paisagem social, política e ambiental do Semiárido. É símbolo na reafirmação de que a seca é fenômeno natural e não se combate, mas as consequências sociais dela, fome e miséria, não são naturais. São produtos políticos, por tanto passíveis de combate.

Hoje afirmar ser do Semiárido, do Nordeste, do sertão é ser de um território diverso, rico de belezas naturais, mas, sobretudo, das belezas de seus povos, agricultores e agricultoras familiares, camponeses e camponesas, indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais. É ter orgulho em ser de um povo que se reinventa e luta, não se dá por vencido. A ASA é fruto da firmeza deste lugar e de seu povo, é isso que há 20 anos nos faz fortes nas lutas por direito à água e alimento saudável, que se efetivam através de programas como o P1MC, P1+2, Programa de sementes do Semiárido e Cisternas nas escolas. E assim a ASA tem contribuído com as transformações no Semiárido, através da convivência, agroecologia e educação contextualizada.

O Semiárido hoje, não é mais sinônimo de fome e chão rachado, há outras narrativas sendo difundidas com base no paradigma da convivência. Nos 20 anos é importante reafirmar as nossas narrativas do Semiárido vivo, construídas pelas experiências, saberes e sabores dos nossos povos e que a ASA através da rede de comunicação popular fez evidenciar ao mundo a solidez desse outro olhar ao falar das belezas, conquistas e desafios do nosso lugar. Por isso celebramos o semiárido que pulsa vida e resistência.

Celebramos 20 anos de ASA num contexto desafiador para o qual não podemos fechar os olhos. 2019 se apresenta com a consolidação de práticas e ações politicas perversas iniciadas com o golpe de 2016, que tem levado nosso país novamente ao mapa da fome, os retrocessos das políticas públicas começam a boicotar processos de reconstrução de trajetórias de vida digna do povo pobre.

Diante desta conjuntura, celebrar o que construímos até aqui é importante, celebrar com o povo e com os coletivos e movimentos com os quais estamos nas lutas e nas ruas, para que tudo isso que vivemos nos alimente coletivamente para as lutas que seguem na defesa dos direitos socais no campo e na cidade e da democracia.

É pelo Semiárido vivo, que sigo cantarolando em sintonia com as Josefas, Marias, Franciscas, Nelsas, Fafás, Inácias, Anas, Rosas, Roselitas, Joelmas…. E tantas outras mulheres que tiveram suas vidas renovadas com as ações da ASA. A lata d’água não segue mais na cabeça, mas suas lembranças vivas alimentam o lutar. Viva a Asa! Vivas os povos do Semiárido!

*Coordenação do Fórum Cearense Pela Vida No Semiárido – FCVSA

Editado por: Monyse Ravena
Tags: asabrasil de fato cenordestesemiárido
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