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Trabalhador desprotegido

Extinção do Ministério do Trabalho: o que mudou após um ano?

Fenômeno mundial, precarização encontra terreno fértil no enfraquecimento da fiscalização, segundo especialistas

14.jan.2020 às 08h14
Updated On 01.fev.2020 às 18h54
São Paulo (SP)
Nara Lacerda
Ministério existia desde a década de 1930 e sobreviveu até mesmo à ditadura militar

Ministério existia desde a década de 1930 e sobreviveu até mesmo à ditadura militar - Marcello Casal Jr/ABr

O fim do Ministério do Trabalho coloca o Brasil em uma posição de maior fragilidade frente a tendência de precarização dos empregos que vem sendo observada em todo o mundo e desequilibra a balança dos direitos e deveres de trabalhadores e patrões. 

Essas são as conclusões de especialistas que acompanham de perto as mudanças na área desde meados do governo de Michel Temer e no primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro.

Junto com processos como a reforma da previdência, a MP da Liberdade Econômica e a MP do Contrato Verde e Amarelo, o fim do Ministério é visto também como elemento que demonstra uma tentativa de enfraquecimento de direitos.

As análises de especialistas apontam ainda um processo de esvaziamento e limitação na atuação dos fiscais do trabalho. 

Há críticas quanto a falta de diálogo com entidades de classe e consultas públicas. Cenário que segundo o secretário de Administração da Federação Nacional dos Sindicatos em Saúde, Trabalho e Previdência Social, Moacir Lopes, aumenta os perigos da precarização do trabalho.

“Estão precarizados porque não têm contribuição para o fundo de garantia, não têm contribuição à previdência social, não têm como pagar nenhum tipo de seguro, porque recebem muito pouco.  Há uma situação que impacta na sociedade e os reflexos serão no médio prazo. Essas pessoas um dia vão tentar se aposentar, e aí como vai ser? O governo está criando uma bomba de efeito retardado.” 

A extinção do ministério tira a pauta trabalhista do núcleo do poder executivo, desequilibra as relações entre empregadores e empregados e rompe um processo de construção e valorização que começou na década de 1930 durante o governo de Getúlio Vargas, na avaliação da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). A pasta já tinha mais de 80 anos e sobreviveu até mesmo à ditadura militar. 

Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho em 1930. Foto: Presidência da República / Abr

O vice-presidente da Anamatra, Luiz Antonio Colussi cita o enfraquecimento dos mecanismos de fiscalização, a diminuição de auditores fiscais do trabalho e a perda de poder de atuação desses profissionais como pontos extremamente preocupantes. A revisão de normas regulamentadoras também é apontada como política temerosa. Colussi avalia que reverter os prejuízos vai demorar muitos anos. 

“Se estamos revisando as normas fiscalizadoras isso significa que simplifica a fiscalização e diminui a segurança no trabalho. Todo esse trabalho de desconstrução vem crescendo e eu imagino que seria necessária uma década ou mais para recuperar toda essa garantia e proteção social. Não é uma questão de ser a favor de a ou de b, estamos pensando em favor da sociedade.” 

Servidores na incerteza

As mudanças na área trabalhista não afetam somente o trabalhador em geral, mas causam também incertezas entre os servidores que atuavam diretamente com as atribuições do antigo Ministério do Trabalho. 

A Fenasps avalia que os funcionários públicos foram alienados das discussões sobre o processo de extinção do Ministério. Os lotados em Brasília foram para o Ministério da Economia. Quem está nos estados, atuando nas superintendências e agências do trabalho, segue sem certeza sobre as novas funções. 

Em novembro o governo anunciou que pretende unificar a operação de 1.200 Agências da Previdência Social e 498 Agências Regionais do Trabalho. Os projetos pilotos estão previstos para 16 municípios em Goiás, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Para a Fenasps a unificação deixa dúvidas sobre as atribuições de funcionários que vêm de carreiras diferentes, com formação e salários distintos. Novamente a entidade critica a falta de diálogo para a construção das mudanças. Segundo a entidade, em duas audiências com o Ministério da Economia foi proposto um debate ampliado envolvendo o Congresso Nacional, sugestão que, de acordo com Moacir Lopes, não foi levada em conta. 

“Mesmo um projeto ultraliberal, pressupõe-se que vai ter algum setor da economia que vai funcionar, então tem que ter relações desse tipo. Eles não estão pensando nisso, é como se fosse terra arrasada, o último que sair apaga a luz e pronto.” 

Ministério histórico

O fim do Ministério do Trabalho foi anunciado por Jair Bolsonaro em Medida Provisória publicada nas primeiras horas do governo, no dia primeiro de janeiro de 2019. A pasta existia desde novembro de 1930, criada no governo de Getúlio Vargas como ponte para as relações entre empregadores e empregados.

Com a criação da pasta, o governo de Vargas abriu também o processo de regulamentação da atividade sindical. Processo que hoje é analisado por historiadores como uma tentativa de evitar acirramento de ânimos entre os trabalhadores da recentemente iniciada industrialização do país. 

A partir daí foram dados os primeiros passos para órgãos de conciliação de conflitos trabalhistas e consequente criação da Justiça do Trabalho em, que começou a atuar na década de 1940. 

Editado por: Leandro Melito
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