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Estatal

Quatro mentiras sobre a privatização da Cemig

Para defender venda das estatais, governador de Minas, Romeu Zema (Novo) usa argumentos enganosos

29.out.2019 às 18h52
Updated On 01.fev.2020 às 18h52
Belo Horizonte (MG)
Wallace Oliveira
Uma das alegações é que a conta ficaria mais barata

Uma das alegações é que a conta ficaria mais barata - Foto: Reprodução

Selecionamos quatro dos argumentos utilizados pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para tentar vender a ideia da privatização da Cemig. Será mesmo que a mudança beneficiará a população e os trabalhadores? Confira:

A conta vai ficar mais barata?

No Brasil, a tarifa cobrada ao consumidor final é regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso quer dizer que privatizar não é sinônimo de autonomia nos preços.

No segmento da distribuição, um exemplo recente é o da goiana CELG-D, entregue em 2017 à italiana Enel, possível interessada na Cemig. No primeiro ano sob controle da Enel, a conta de luz encareceu 15,89% para consumidores residenciais.

Em agosto de 2018, o grupo privado Energisa adquiriu em leilão as Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e a Eletroacre. Passados 72 dias, a Aneel autorizou um reajuste de 25,34% na tarifa da Ceron e 21,29% para a Eletroacre. Meses depois, uma liminar da Justiça mandou suspender os dois reajustes, por conta de irregularidades.

Na geração de energia, importante lembrar o que aconteceu com a usina São Simão, no Triângulo Mineiro, que pertencia à União e foi privatizada em 2017 pelo governo Temer (MDB). Antes da privatização, ela cobrava por megawatt gerado a cada hora R$ 66. Privatizada, passou a cobrar R$ 142, que depois são pagos pelos consumidores finais. Nesse caso, a privatização contribuiu para tornar as contas mais caras.

A empresa vai funcionar melhor e o produto final terá mais qualidade?

Uma empresa privada tem como objetivo o maior lucro possível ao menor custo. Isto, com frequência, se obtém cortando funcionários, pagando menores salários, terceirizando, diminuindo os custos com materiais, priorizando áreas mais povoadas e deixando de atender – ou atendendo pior – áreas menos populosas e menos lucrativas.

Uma das formas de avaliar a qualidade do serviço de distribuição de energia é a Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), medida em número de horas.  É a medida do tempo máximo de interrupção contínua de energia elétrica. Em Goiás, a CELG-D,  em 2016, antes da privatização, o índice de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) era de 29,55 horas. Em 2017, depois da venda, aumentou para 32,71 horas.

A Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) aumentou de 18,9 interrupções para 20,35. Esses são os índices usados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para medir a qualidade da distribuição da eletricidade. Ou seja, a qualidade piorou depois da privatização.

Vai aumentar a concorrência e acabar com o monopólio?

Em 2015, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou um estudo mostrando que, em países onde predomina o capital estatal, as três maiores empresas do ramo controlam menos de 50% do mercado. Já nos países onde predomina o capital privado, as três maiores empresas concentram mais de 60% do mercado. O segmento da distribuição de energia elétrica é o que os economistas chamam de monopólio natural. Em outras palavras, há uma tendência a que uma só empresa controle a distribuição em determinada área, pois seria contraproducente e mais oneroso duas ou mais redes elétricas competindo no mesmo lugar. A empresa que adquirir a Cemig vai, portanto, adquirir um monopólio.

Vai ajudar a combater o déficit do Estado?

O governo Zema (Novo) diz que a Cemig é um peso morto e que vendê-la ajudaria a sanar o déficit das contas públicas (diferença entre despesa e receita). Minas detém 17% do total das ações ordinárias da Cemig e 51% das ações preferenciais, que dão protagonismo na política da empresa.

A venda das ações da Cemig renderia cerca de R$ 4 bilhões. No mês de setembro, o Estado de Minas Gerais teve uma despesa com pessoal de R$ 3,8 bilhões, sendo quase 10% só com o Judiciário. Em outras palavras, a privatização da Cemig permitiria cobrir pouco mais de um mês de folha de pagamento ou menos de um ano com pessoal no Judiciário mineiro.

Em troca, a população perderia o controle de uma empresa responsável por 5,06% da geração de energia no país, 5,8% da transmissão (7,5 mil quilômetros de linhas) e 10,26% da distribuição, além de parte considerável dos investimentos públicos em obras e dos dividendos.

Editado por: Joana Tavares
Tags: privatizaçao
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