Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Política

Memória

“Sob uma ditadura, todos passam a ser alvo”, diz filho de Herzog

Esta quinta-feira marca os 43 anos do assassinato do jornalista pelo Regime Militar

25.out.2018 às 18h36
Brasília (DF)
Rafael Tatemoto
O jornalista Vladimir Herzog foi morto após sofrer tortura no DOI-Codi, aos 38 anos

O jornalista Vladimir Herzog foi morto após sofrer tortura no DOI-Codi, aos 38 anos - Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (25), completam-se 43 anos de um dos episódios que causou maior comoção popular durante a ditadura militar (1964-1985): o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, conhecido como Vlado, nos porões da repressão.

Nascido na Iugoslávia em uma família judia, veio ao Brasil com menos de cinco anos de idade fugindo do nazismo, mas, anos mais tarde, encontrou em nosso país um destino não muito diferente do que poderia significar a permanência na Europa. 

Diretor da TV Cultura, Herzog foi alvo de uma campanha na Assembleia Legislativa de São Paulo contra sua gestão à frente do jornalismo televisivo da emissora –um dos parlamentares mais investidos nessa campanha era José Maria Marín, ex-presidente da CBF e, à época, deputado pela Arena, o partido oficial da ditadura.

Sem participação direta em atividades clandestinas, Vlado era ligado ao Partido Comunista Brasileiro, organização que rejeitava a luta armada como método de resistência aos militares. Em 25 de outubro de 1975, se apresentou voluntariamente ao DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna). Morreu vítima de tortura aos 38 anos.

Oficialmente, a Ditadura anunciou a morte como suicídio. Um ato inter-religioso, unindo cristãos e judeus na Catedral da Sé, foi a primeira grande manifestação pública contra o regime militar após a instauração do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 1968, marcando um novo momento da resistência ao autoritarismo.

O rabino Henry Sobel, então líder da comunidade judaica em São Paulo, rejeitou a versão oficial do Estado brasileiro: ao invés de sepultá-lo em local destinado aos suicidas, de acordo com a fé judaica, o líder religioso alocou o corpo de Herzog no centro do Cemitério Israelita do Butantã. “Não havia dúvidas de que ele tinha sido torturado e assassinado", declarou Sobel. 

Em uma disputa eleitoral que traz o legado da ditadura de volta à tona, o Brasil de Fato conversou com Ivo Herzog, filho do jornalista e integrante do conselho do Instituto que leva seu nome. Para ele, a morte de seu pai aponta para o fato de que “Em um estado de ditadura, totalitário, todos nós passamos a ser alvo”. Preocupado com o desfecho das eleições, afirma que as declarações do candidato Jair Bolsonaro significam uma retomada do período que marcou a vida de sua família. 

Brasil de Fato — A naturalidade com que Bolsonaro evoca a ditadura militar está relacionada à forma pela qual a transição à democracia foi feita?

Ivo Herzog — Com certeza. Faltou escrever a página dessa história. Faltou inclusive uma autocrítica do governo e das Forças Armadas a respeito desse período. Historicamente, o Brasil não é um país de rupturas nas transições. A não ruptura com a ditadura não deixou claro a questão dos crimes cometidos naquela época e gerou uma série de ilusões sobre aquele período. Houve uma forte repressão, também injustificável, à luta armada. Meu pai não tinha relação com a luta armada. Sua morte representa que a repressão, uma vez iniciada, não tem limites.

Em um estado de ditadura, totalitário, todos nós passamos a ser alvo. 

Eu vou e faço uma reunião do meu grupo de teatro e posso ser atacado pelo Estado. Faço reunião do grêmio estudantil da minha escola e posso ser atacado. Coloco uma camiseta mostrando as coisa que penso e posso ser atacado. Por isso que a ditadura é um estado de exceção: perdemos os mecanismos republicanos e democráticos de controle do Estado e de proteção ao cidadão.

Como você vê a retórica de Bolsonaro. Pode a ver dúvidas de que ele retoma o ideário autoritário e pode colocá-lo em prática?

O discurso dele é isso. O que ele falou no domingo passado durante a manifestação na Paulista é absolutamente neste sentido. Um discurso contra as minorias, contra as pessoas que pensam diferente dele. E a "solução" para isso é de forma violenta, agressiva, contra a integridade de cada um de nós. 

Do ponto de vista pessoal, como você encara o contexto pelo qual o país está passando?

São 43 anos de luta. 43 anos com uma responsabilidade a partir da tragédia que aconteceu com meu pai. Aos trancos e barrancos, a gente vinha construindo uma sociedade melhor e mais justa. Claro que não da maneira que melhor poderia ser, mas estava indo na direção certa. Agora há a possibilidade de vir um rolo compressor. É muito mais fácil destruir do que construir em todos aspectos da nossa vida. Não é fácil.

Editado por: Diego Sartorato
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

SOLIDARIEDADE

MST doa 25 toneladas de alimentos a cozinhas solidárias e cobra avanços para políticas do campo: ‘Está faltando firmeza’

Legislativo

Proposta de ampliar deputados escancara crise de representatividade no Brasil, aponta cientista político

DITADURA?

Governo Trump ‘está considerando ativamente’ suspender o habeas corpus para deportar imigrantes

Invasão do CNJ

Turma do STF tem maioria para condenar Zambelli a 10 anos de prisão

CONQUISTA INDÍGENA

Reconhecimento do território no Jaraguá, em São Paulo, é resultado de luta antiga dos Guarani, diz liderança

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.