América Latina

Aliada de Evo Morales tem candidatura rejeitada pelo Tribunal Eleitoral da Bolívia

Candidatura de Evo e de outros políticos de seu partido (MAS) estão em observação pelo órgão

São Paulo |
Adriana Salvatierra concorria como deputado por Santa Cruz pelo partido do MAS - Agência Boliviana de Informação (ABI)

A ex-presidente do Senado da Bolívia Adriana Salvatierra, candidata à Câmara dos Deputados por Santa Cruz, pelo Movimento ao Socialismo (MAS), teve sua candidatura suspensa nesta segunda-feira (10/02) pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país. 

Segundo o órgão, Salvatierra entregou apenas um dos 11 documentos que são solicitados aos candidatos pelo TSE no ato do registro da candidatura.  O Tribunal eleitoral afirmou que não há possibilidades de que o registro seja reabilitado ou que a falta de documentos seja corrigida.

Na manhã desta segunda, o Tribunal Supremo Eleitoral emitiu uma lista de outros nomes que foram inabilitados de concorrer às eleições de 3 de maio por não terem apresentado a documentação obrigatória. 

Salvatierra renunciou à presidência do Senado após o golpe de Estado que culminou na saída de Evo Morales do governo boliviano. À época, a senadora pelo MAS havia denunciado a falta de garantias em relação aos parlamentares do partido e ainda criticou Jeanine Áñez, que se autoproclamou presidente da Bolívia.

Candidaturas em observação

O TSE também afirmou na noite deste domingo (09/02) que colocou em observação as candidaturas de Morales e do ex-chanceler Diego Pary ao Senado devido a "falta de documentação necessária". O órgão também disse que a candidatura de Luis Arce e David Choquehuanca à presidência pelo MAS está em análise. 

Segundo o TSE, nos documentos entregues por Pary, Arce e Choquehuanca faltam um comprovante original e atualizado de "antecedentes criminais".

O processo eleitoral na Bolívia, que culminará no pleito do dia 3 de maio, é marcado por uma escalada autoritária do governo da presidente autoproclamada Jeanine Áñez, que já prendeu diversos militantes e lideranças políticas do MAS.

Ex-ministros do governo de Evo estão refugiados na embaixada do México desde o dia 10 de novembro, quando forças militares e da direita deram um golpe de Estado que forçou a renúncia de Morales.

Edição: Opera Mundi