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Início Política

FEMINISMO

Desemprego, segurança pública e justiça para Marielle pautaram o 8 de março no Rio

Mulheres lutam pela vida e contra governo de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro

10.mar.2020 às 07h08
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita

"Um Rio de coragem feminista contra os governos fascistas" foi o mote do ato unificado pelo 8 de março no Rio de Janeiro - Clívia Mesquita/Brasil de Fato

Com protagonismo das mulheres, milhares de pessoas saíram às ruas na última segunda-feira (9) pela vida, democracia e contra a retirada de direitos no Rio de Janeiro. O ato que marcou o 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, deu início a agenda de mobilizações deste ano denunciando que elas são as mais afetadas pela violência, o desemprego e o desmonte de políticas públicas promovido pelo atual governo de extrema-direita. 

Mãe, estudante e professora desempregada, Carolina Agra, de 28 anos, vendia peças de crochê quando foi abordada pela reportagem do Brasil de Fato na concentração do ato no centro da cidade. “Não consigo trabalho como professora então tenho que ser artesã. Para ter um pouco de independência, pagar passagem, ir na rua, comprar um lanche, passear com a minha filha. Mas não é uma renda de fato”, desabafa, acrescentando que está sem trabalho formal há 3 anos.

No mercado de trabalho, a informalidade e a desocupação são substantivos femininos. Segundo levantamento do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação entre as mulheres em 2019 foi de 13,1%, enquanto o índice era de 9,2% entre os homens. Além de Carolina, outras mulheres que amargam essa estatística, sobretudo as negras, estão sujeitas aos menores salários, precarização e empregos mais vulneráveis, sem direitos trabalhistas.

“As mulheres vão para a informalidade porque se submetem a qualquer tipo de ganho. Na Central do Brasil e na Uruguaiana [região central do Rio] companheiras trabalham na rua com as suas crianças, à mercê de tudo. É um cenário muito pesado para as mulheres e uma sobrecarga enorme. Mas acho que tem disposição para a luta, então devemos ressignificar o 8 de março e dizer ‘é, está difícil mas não vamos baixar a guarda”, comentou a coordenadora geral da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra) Eleutéria Amora durante o protesto.


Moradora de Piedade, Carolina Agra vende brincos e broches de crochê por R$5 para complementar a renda / Clívia Mesquita

Pela vida

Outro assunto que preocupa as mulheres, especificamente no Rio de Janeiro, é a política de segurança pública. O alvo das críticas foi o governador Wilson Witzel (PSC) e sua ordem para “a polícia mirar na cabecinha e… fogo”. Do Fórum de Mulheres Negras e da Secretaria de Combate ao Racismo do Partido dos Trabalhadores (PT), Rute Sales defende uma política de segurança pública baseada na vida, não na morte.

“Temos na direção do país um governo fascista, que não nega que é racista, homofóbico e quer trazer um conservadorismo ideológico, tirando inclusive nosso direito de ter as nossas religiões. A gente voltou a uma ditadura, estamos tentando manter a nossa democracia. Mas para isso a gente está lutando por uma coisa que é muito maior que é a vida. Porque temos um governador que não tem compromisso com a nossa vida, pelo contrário, tem compromisso com o extermínio da vida das mulheres negras, da população negra, e o que é pior, das nossas crianças, que hoje vem sendo tratadas com total irresponsabilidade, com uma política de segurança que não existe", ressalta a assessora parlamentar.

Em manifesto assinado por mais de noventa organizações feministas que construíram o ato no Rio de Janeiro, movimentos sociais e estudantis, coletivos, centrais sindicais e partidos políticos da oposição como PT, PCdoB, Psol, PCB e PSTU, reforçam que “após a intervenção militar e o assassinato de Marielle, vimos proliferar no estado crimes de ódio e ataques a terreiros de matriz africana, a casais LGBTs, a militantes feministas e membros de movimentos sociais.”


Rute Sales é do Fórum de Mulheres Negras / Leo Salo

“O presidente [Jair Bolsonaro] defende a isenção de punição a militares e policiais que cometerem assassinatos e excessos durante operações de garantia de lei e da ordem. Nós sabemos quem são aqueles afetados: a infância e juventude negra, crianças como Ágatha Felix, Jenifer Gomes e Kauê Ribeiro dos Santos, filhos e filhas de mulheres negras”, completa o texto.

Para Amanda Oliveira, da Marcha Mundial das Mulheres, “antes das mulheres brancas, as negras, indígenas, marginalizadas, ribeirinhas, carregam o país há 500 anos nas costas. Nossa resistência é para viver. Nesse sentido, marchamos para transformar a realidade que é tão dolorida porque antes de nós mulheres foram sequestradas e escravizadas, Marielle foi assassinada e tantas outras”.

América Latina

A luta feminista na América Latina também foi lembrada. Inspiradas pelas militantes argentinas, as mulheres levaram às ruas o debate sobre a legalização do aborto, reivindicando o direito à escolha. Uma das causas de mortalidade materna é a prática insegura do procedimento. Portanto, o movimento defende que o SUS dê suporte ao aborto legal, seguro e gratuito.  

No domingo (8) pela manhã, a Praça Muá, na zona portuária, foi palco da performance intitulada "Um Violador no seu Caminho", do coletivo chileno La Tesis. A música de protesto viralizou nas redes sociais ao questionar a forma com que o poder público lida com os casos de estupro e violência sexual. "O Estado opressor é o estuprador", bradam as feministas de diversas partes do mundo. 

Marielle Franco

Com início em frente à igreja da Candelária, no centro do Rio, o ato unificado pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres também cobrou das autoridades a resolução do crime que vitimou a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes.

Dois anos depois do atentado, a pergunta "quem mandou matar Marielle?" permanece nos cartazes e nas palavras de ordem. Munidas de girassóis em homenagem a parlamentar, manifestantes seguiram em marcha pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, ocupando as escadarias da Câmara Municipal. 

“Justiça para Marielle significa também dignidade nas favelas e periferias, que são massacradas pelas forças policiais todos os dias. Significa reivindicar o fim da violência que nos faz contar corpos de policiais e de moradores e moradoras das comunidades. É pelas vidas faveladas, pela vida das mulheres! É afirmar que lugar de mulher é sim na política!”, diz o manifesto assinado por entidades feministas que organizam o ato.

No próximo sábado (14), o Instituto Marielle Franco vai promover um dia inteiro de ações com o objetivo de preservar a sua memória, multiplicar o legado e buscar justiça para o caso. Confira a programação do evento.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: 8m
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