Está terminando o triênio para o qual foi eleita a atual administração do Coritiba, presidida por Samir Namur. Dada a suspensão das atividades esportivas no país, pode-se dizer que 85% do calendário terão se passado quando forem apresentadas, em novembro, as chapas para concorrer às eleições.
Fará bem que se esforce o atual G-5 gestor em, ao menos, igualar o mandato anterior, exercido pelo mesmo grupo político e que também fracassou miseravelmente. Se sob a presidência de Rogério Bacellar (2015-2017) o Coxa caiu para Série B, a continuidade do claudicante círculo interno mostrou que era possível piorar.
Foi lanterna do returno do Estadual em 2018 e terminou o campeonato com mais derrotas que vitórias. Como não bastasse, perdeu o primeiro turno do Paranaense seguinte para o modesto Toledo, ficando fora da final da competição. Na Copa do Brasil, foi ainda inferior: nas duas mais recentes edições do torneio, restou eliminado por clubes de tradição nula: o de sigla URT e o Manaus.
Frustração maior, contudo, foi não conseguir o obrigatório retorno à Série A no primeiro ano de mandato. Disputar três vezes nos anos 10 a segunda divisão é algo que inflige ao Coritiba uma condição submediana, à qual pertencem os clubes que se mantêm nas posições imediatas ao chamado G-12 do futebol brasileiro e, não raramente, “furam” aquele conjunto, beliscando vaga da Libertadores. Ficar em 10º lugar da segunda (equivalente ao nº 30 do país) é inconcebível para o torcedor.
Que Samir & Cia. lutem para manter o Coritiba na elite. E que fique registrado: até o momento – repita-se: com 85% do calendário cumprido – a ala que está no poder não teceu por seus membros crítica alguma à administração. Não causará espanto que, em outubro, declare ter “rompido” com o G-5 há décadas.