O presidente argentino Alberto Fernández declarou na última quarta-feira (25) que por enquanto os retornos dos argentinos que estão no exterior "estão suspensos", com exceção dos que têm mais de 65 anos e estão em risco de saúde. As informações são do jornal argentino Página 12.
"Decidimos não entrar com mais pessoas, por isso instrui o chanceler [Felipe Solá] a dar recursos para quem está no exterior até que possamos resolver esse problema", afirmou.
O Brasil de Fato noticiou nesta semana que cerca de 400 cidadãos argentinos estavam há quase uma semana dormindo nos aeroportos internacionais Galeão, no Rio de Janeiro, e Guarulhos, em São Paulo, por não terem conseguido embarcar de volta para a Argentina. Nos últimos dias, diversos voos foram cancelados em razão da pandemia mundial do coronavírus.
Uma das argentinas entrevistadas pela reportagem, a assistente social Sasha Acerbo, conseguiu voltar ao seu país de origem a partir do deslocamento até o aeroporto de Foz do Iguaçu, seguido pela travessia da fronteira por terra, autorizada pela polícia argentina. Assim como ela, muitos argentinos que estavam no grupo dos 400 que permaneciam nos aeroportos brasileiros conseguiram retornar à Argentina. O Brasil de Fato não teve acesso ao número de quantos ainda estão no Brasil.
No entanto, a orientação do presidente Alberto Fernández é de que os argentinos que estão fora do país, exceto por um caso excepcional, terão que esperar pelo momento oportuno do retorno. O presidente garantiu que isso acontecerá "quando o risco [do coronavírus] na Argentina for administrável". O chefe de estado também informou que o aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, não está operando.
