Atualização

Brasil tem 136 mortes e 4.256 casos de coronavírus; taxa de letalidade é de 3,2%

Boletim deste domingo (29) tem 22 novos óbitos e 352 novas confirmações de covid-19 em relação ao sábado (28)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O aumento em relação ao boletim de sábado (28) foi de 22 novas mortes e 352 novos casos em todo o país - Aizar Raldes / AFP

O Brasil contabiliza 136 óbitos e 4.256 casos confirmados da covid-19, conforme balanço divulgado na tarde deste domingo (29) pelo Ministério da Saúde. O aumento em relação ao boletim de sábado (28) foi de 22 novas mortes e 352 novos casos em todo o país.

A taxa de mortalidade do novo coronavírus no país passou de 2,9% para 3,2%. 

A situação mais dramática é a do estado de São Paulo, que concentra 1.451 registros da doença. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 600.

Este domingo e o sábado, ambos com 22 óbitos, são os dois dias com mais registros de mortes no Brasil pelo novo coronavírus até agora.

Diferente do que tem acontecido normalmente, neste domingo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não concedeu entrevista para comentar a situação epidemiológica. A última fala do ministro foi na coletiva de imprensa do dia anterior, quando ele reforçou a necessidade do isolamento social para conter a disseminação do vírus. 

Na contramão 

Apesar das recomendações diante do avanço da doença no país, na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou todas as orientações e circulou pelo comércio de Brasília, onde cumprimentou e tirou fotos com populares.

Após retornar do passeio, o presidente voltou a se posicionar contra o isolamento social horizontal - que é mais amplo e defendido por autoridades de saúde do mundo inteiro. Sem apresentar embasamento técnico ou científico, Bolsonaro reafirmou que apenas o isolamento de idosos e grupos de risco é suficiente, em função da economia.

“Temos um problema do vírus? Temos. Ninguém nega isso daí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, com as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial”, defendeu.

Ao insistir no isolamento restrito, Bolsonaro utilizou mais um argumento polêmico, mencionando a “falta de pão” em casa como motivador da violência doméstica.

"Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? O cara quer trabalhar, meu Deus do céu. É crime trabalhar?”, questionou o presidente.

Nas ruas de Brasília, na manhã deste domingo, a presença de Bolsonaro provocou pequenas aglomerações, contrariando as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Edição: Geisa Marques