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Denúncia

Pandemia evidencia condições inadequadas de trabalho em call centers no Rio

Trabalhadores de gigante da área de call center reclamam de regulação no uso de álcool gel e reembolso para transporte

27.mar.2020 às 18h25
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister

Setor de call center é o maior empregador do país - Guillermo Legaria / AFP

A pandemia global causada pelo coronavírus e a necessidade de isolamento social para evitar a expansão da doença trouxe muita incerteza e preocupação para trabalhadores do setor da área de atendimento, conhecido também como call center.

Desde quinta-feira (19), protestos e greves de profissionais da área de atendimento se espalharam pelo país para exigir fechamento de setores que aglomeram trabalhadores e a implementação de home office quando possível.

Mesmo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as experiências vividas pelas empresas em países da Europa, algumas ainda tentaram manter o funcionamento. Após a pressão dos trabalhadores, as transnacionais do telemarketing cederam às exigências e adotaram medidas para proteger a vida dos profissionais.

::Quais os direitos dos trabalhadores diante da pandemia do coronavírus?::

Contudo, funcionários que não estão em regime de home office no setor de teleatendimento seguem denunciando condições adversas nas empresas. O Brasil de Fato recebeu o relato de um profissional da transnacional Atento. 

Segundo informações recebidas pela reportagem, em uma das unidades da companhia no Rio de Janeiro, os operadores estão tendo gasto extra com transporte e não estão sendo reembolsados. “Na volta pra casa, muitos precisam pegar três ônibus, o que excede a cota de vale transporte fornecida”, revelou o funcionário que pediu para não ser identificado.

De acordo com o atendente ouvido pelo Brasil de Fato, na unidade da Atento no bairro da Penha, na zona norte do Rio, há um controle excessivo no uso de álcool gel nas dependências da empresa o que dificulta a higienização de funcionários que não foram escalados para o trabalho remoto.

“Regulam o consumo do álcool gel disponível em pouca quantidade pelas dependências do prédio. Dia desses presenciei uma cena lastimável. Uma senhora, de cabeça branca, provavelmente com idade para ser minha mãe, recolheu álcool num pequeno frasco. Foi tratada pelo segurança como uma criminosa. Constrangida, ela explicou que era para limpar sua área se trabalho, coisa mais que necessária em tempos de covid-19”, contou.

De acordo com levantamento do Ministério da Economia realizado no primeiro semestre do ano passado a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Atento é a maior empregadora do Brasil. A transacional possui 73.822 funcionários no país. Em segundo lugar está a BRF, dona da Sadia e Perdigão, com 55.513 empregados.

::Trabalhadores de frigorífico em SC relatam medo e desespero por conta do coronavírus::

Dados disponíveis no site da Atento, mostram que a empresa é uma das gigantes no setor de teleatendimento no mundo. Presente em 13 países e com 92 mil estações de trabalho, a companhia teve uma receita em 2018 de US$ 1.818 milhões. 

Condições de trabalho

A reportagem procurou o Sindicato de Telefonia do Rio de Janeiro (Sinttel-RJ) para obter um posicionamento da entidade sobre a denúncia. A secretária-geral do Sinttel-RJ, Yeda Paura, disse que num primeiro momento houve dificuldade para a Atento colocar em prática os protocolos de segurança relacionados ao coronavírus.

“Tivemos várias reclamações, mas entramos imediatamente em contato com a empresa para que de fato toda essa questão dos trabalhadores fosse respeitada. Começamos a pedir que o pessoal do grupo de risco, a partir de 60 anos, gestantes, lactantes e os hipertensos fossem afastados de imediato. Paralelamente a isso, pedimos que eles fizessem um rodízio, para que não tivesse aglomeração de trabalhadores porque são locais que tem muita gente. Também negociamos que algumas pessoas fizessem home office”, explicou.

Paura disse que o sindicato também recomendou que a empresa disponibilize álcool gel de forma adequada para os funcionários que não estão em regime remoto e também comentou que até o presente momento não havia recebido reclamações sobre falta de reembolso com o transporte. De acordo com a secretária, as dúvidas e denúncias de trabalhadores do setor de atendimento podem ser realizadas pelo telefone do Sinttel-RJ (21) 22049300 ou a partir de e-mail [email protected].

::Saiba onde encontrar informações verdadeiras e oficiais sobre o coronavírus::

Outro lado

O Brasil de Fato procurou a Atento para esclarecimentos sobre a denúncia recebida. A empresa disse que irá arcar com todos os pedidos de custos adicionais de transporte dos funcionário e enviou a seguinte nota:

A Atento, líder em serviços de gestão de relacionamento com clientes e terceirização de processos de negócios (CRM/BPO) na América Latina, responsável por mais de 70 mil empregos no Brasil, informa que garantir a saúde e o bem-estar de seus colaboradores, responsáveis pelo acesso da população a serviços essenciais e de grande importância para a sociedade neste momento de desafio humanitário que estamos vivenciando, é sua principal prioridade. Neste cenário, nos mantemos alinhados com três elementos fundamentais de nossa estratégia: proteger nossas pessoas, seguir todas as orientações legais e manter a estabilidade e a continuidade dos serviços de nossos clientes.

O Decreto 10.282 do Governo Federal, publicado no Diário Oficial da União em 22 de março, que insere a atividade de call center entre serviços essenciais, aumenta a nossa responsabilidade em garantir um ambiente seguro para os nossos colaboradores. E para tanto, seguimos trabalhando incansavelmente para implementar, desde o início, todas as medidas necessárias, de acordo com as recomendações da OMS – Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

Até o momento, cerca de 20 mil colaboradores foram direcionados para trabalho remoto ou afastamento momentâneo de suas atividades. Este número deve ser ampliado nos próximos dias, com a evolução da contingência gradual dos serviços prestados pela companhia.

Para garantir esta iniciativa, foi acionada uma robusta operação de logística e transporte para envio dos equipamentos aos lares dos colaboradores. Entre estes profissionais, destacam-se: mais de 1.250 pertencentes ao grupo de risco – gestantes, pessoas com mais de 60 anos e com doenças crônicas; e mães e pais com filhos até 14 anos. Estas medidas contribuíram para a implementação de um maior espaçamento entre os profissionais em 100% de nossos sites. Hoje, estamos atuando com uma menor densidade de ocupação, respeitando um distanciamento médio de mais de 1,5m entre os Pontos de Atendimentos (PAs). A prática se estende aos breaks, cujos assentos estão sendo ajustados de acordo com o layout e mobiliário.

As rotinas de limpeza e higienização também foram intensificadas principalmente nos pontos de maior contato. Adquirimos aproximadamente 25 mil litros de sabão líquido e cerca de 15 mil litros de álcool em gel e seguimos repondo o estoque constantemente. Entre outras medidas tomadas pela empresa estão a disponibilização de álcool em gel em áreas comuns e para uso pessoal dos colaboradores, programa de comunicação intensivo sobre as medidas de prevenção, orientações dos procedimentos em caso de suspeita da enfermidade (protocolo de atuação) e um canal de comunicação estreito para que possamos avaliar e seguir com novas estratégias, de acordo com as necessidades levantadas.

Os órgãos competentes têm tido acesso irrestrito às nossas instalações e acompanhado todas as medidas adotadas pela companhia. Cuidar de nossas pessoas e de nossos clientes está no centro da estratégia da Atento. Seguimos em nosso compromisso de garantir um lugar de trabalho seguro a nossos colaboradores, o melhor serviço a nossos clientes e atuar como uma organização socialmente responsável. 
 

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: rio de janeirotrabalho
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