Paraná

EDITORIAL PR 162

Mais redução de direitos em plena crise?

Bolsonaro liderou um governo que implementou uma guerra contra os pobres

Curitiba (PR) |
editada por Bolsonaro em novembro de 2019, que cria o precário "contrato de trabalho Verde e Amarelo" - Carlos Bassan / Fotos Públicas

Vivemos mais um ano que não terminou.

Começou com a posse de Jair Bolsonaro na presidência e foi até o primeiro alerta sobre a pandemia recebido pela OMS, em dezembro. Poucos poderiam imaginar a crise prestes a chegar. No Brasil, desde que assumiu, como verdadeiro messias, só que do caos, Bolsonaro liderou um governo que implementou uma guerra contra os pobres, camuflada de projeto de recuperação econômica. 

A tentativa da presidência em negar a gravidade da COVID-19 levou o “Washington Post”, um dos mais importantes jornais dos EUA, país idolatrado pelo bolsonarismo, a eleger o presidente brasileiro como o pior líder do mundo. Em vez de criar condições políticas e sociais para a sobrevivência do povo, inclusive no combate à fome e ao desemprego, Bolsonaro, com apoio do Legislativo, erra mais uma vez. 

Em plena crise pandêmica, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 905 – editada por Bolsonaro em novembro de 2019, que cria o precário "contrato de trabalho Verde e Amarelo". A MP seguiu para análise do Senado, onde a tendência é de que também seja aprovada. 

Para especialistas, trata-se de uma “bolsa-patrão”, cheia de maldades contra os trabalhadores. Assim como na reforma trabalhista de 2017, a nova legislação dificilmente criará postos de trabalho, mas deixará os trabalhadores com menos proteção ainda. Na crise, não é a vida do povo que essas medidas pretendem melhorar. 

Edição: Pedro Carrano e Frédi Vasconcelos