Para salvar vidas

Com panos pretos nas janelas, ato "Fora Bolsonaro" homenageia vítimas da covid-19

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se juntam aos estudantes em dia de manifestações pela saída de Jair Bolsonaro

Belém (PA) | Brasil de Fato |
Em dia de protesto que pede #ForaBolsonaro, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo propõem homenagem às vítimas de coronavírus com pano preto na janela - Reprodução

Nesta sexta-feira (8), momento em que o Brasil se aproxima de 10 mil mortes em decorrência da covid-19, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo  se juntam à mobilização da União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras entidades da educação em um dia de manifestações pela saída de Jair Bolsonaro da Presidência da República. 

Com o tema "Para salvar vidas, fora Bolsonaro" as mobilizações acontecem virtualmente ao longo do dia, com ações pontuais nas ruas em respeito ao distanciamento social.

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Uma das ações propostas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em dia de protesto que pede #ForaBolsonaro é pendurar um pano preto nas janelas na sexta-feira (8) à noite em luto pelas vítimas do coronavírus.

"Ação nas janelas! Vamos fazer uma homenagem a todas as vítimas do coronavírus, às 20h estenda um tecido preto na sua janela,  fotografe a ação na sua rua e poste nas redes sociais!", diz a convocatória da Frente Brasil Popular.

Segundo dados do Ministério da Saúde até a última quinta-feira (7), o número de mortos oficiais pela covid-19 era de 9.146 pessoas, excluindo as subnotificações. Já os números de casos confirmados superam os 135 mil. 

Em meio à escalada de mortes causadas pelo coronavírus no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi a pé ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (7), acompanhado de ministros, parlamentares e empresários, para pedir uma flexibilização de medidas restritivas nos estados.

Em entrevista ao Brasil de Fato esta semana, Élida Elena, vice-presidenta da UNE e integrante do Levante Popular da Juventude, afirma que o objetivo da manifestação, ainda que virtual, é expressar a opinião dos movimentos de maneira unificada e disputar a narrativa da educação na sociedade “denunciando esse projeto de morte que Bolsonaro vem implementando no nosso país”. 

Para Elena, o momento é de aprofundamento da crise econômica, impactada pela crise sanitária, exacerbando as desigualdades sociais brasileiras. Ao mesmo tempo, “Bolsonaro cada dia mais atesta que seu projeto não está a serviço de resolver os problemas do povo. Pelo contrário, ele tem dado resposta apenas aos lucros dos grandes empresários” ao defender que a população volte à normalidade. 

Edição: Leandro Melito