Um protesto antifascista e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro reuniu manifestantes na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba neste domingo (7). O ato foi acompanhado por grande aparato policial, que cercou completamente a localidade. Chamou a atenção a revista feita de maneira ostensiva a todos os manifestantes que chegavam para participar do protesto.
Para um militante do movimento negro que preferiu não se identificar a ação foi desproporcional. "Todas as instituições têm que ser respeitadas, a segurança é importante, mas têm que valer pra todos, não só para a população negra, do Tatuquara, da Cidade Industrial [bairros periféricos de Curitiba]. Temos que nos manifestar agora sob o risco de sofrermos um golpe", afirmou.
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Durante as cerca de três horas da manifestação, transmitida ao vivo pela equipe do Brasil de Fato Paraná, tudo transcorreu de maneira tranquila, com pessoas com máscaras e mantendo o distanciamento para evitar o contágio pelo coronavírus.
"Um dos fatores que nos faz estar nas ruas hoje é a intimidação policial, que mata 75 por cento dos negros. A gente queria estar em quarentena, mas a classe trabalhadora no Brasil não pode ficar em casa. Vidas negras importam. O genocida Bolsonaro e seu projeto não são o primeiro governo racista", protestou uma militante negra, do coletivo Juventude Rebeldia.
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A forte presença da polícia e a diferença de tratamento em relação aos apoiadores pró-Bolsonaro foram questionados por diversos participantes do ato. Alguns simpatizantes do governo se posicionaram atrás dos soldados e ficaram provocando quem estava no protesto antifascista.
Após o ato na Praça Santos Andrade, os manifestantes foram em marcha até o Palácio Iguaçu, sede do governo do estado do Paraná, mais uma vez cercado pelas forças policiais, além da guarda municipal e o acompanhamento de um helicóptero.
PM: manifestação foi pacífica
Em nota publicada no site da corporação, a Polícia Militar do Paraná afirmou que o efetivo garantiu manifestações pacíficas e que montou a operação para garantir a segurança de todos os manifestantes. O texto diz ainda que o protesto foi tranquilo e que não houve nenhum relato de dano ao patrimônio público ou privado.
