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Pandemia

Aldeia indígena tem explosão de casos de Covid-19, no Oeste do Paraná

Dos 35 casos na aldeia, 20 são de trabalhadores da empresa Lar Cooperativa Agroindustrial

25.jun.2020 às 14h34
Francisco Beltrão (PR)
Isadora Stentzler

Em uma semana, Terra Indígena Tekoha Ocoy teve 35 casos confirmados de Covid-19 - Divulgação

Em menos de uma semana, a Terra Indígena Tekoha Ocoy, no município de São Miguel do Iguaçu, Oeste do Paraná, passou de quatro para 35 casos positivos de Covid-19. Com a explosão do número de infectados, a aldeia foi interditada e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram à empresa Lar Cooperativa Agroindustrial que afastasse os trabalhadores indígenas – já que 20 dos 35 casos positivos são de trabalhadores que se infectaram nas unidades. De acordo com o cacique Celso Japoty Alves, a empresa ainda não se manifestou à comunidade.

As recomendações do MPT e MPF são para as unidades de Matelândia e Medianeira, também do Oeste do Paraná, onde trabalham cerca de 45 indígenas da aldeia. No documento, assinado na sexta-feira, dia 19, pelo procuradores Fabrício Gonçalves de Oliveira e Indira Bolsoni Pinheiro, é solicitado que os funcionários indígenas sejam afastados imediatamente, sem ônus ao salário. A Lar Cooperativa Agroindustrial também não deve realizar qualquer rescisão de contrato, de acordo com a recomendação. Caso os trabalhadores sejam demitidos, a empresa pode responder por “ato discriminatório”.

A recomendação foi feita após uma reunião por videoconferência entre Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), MPF, MPT, entidades de órgãos federais, estaduais e municipais mais o cacique da Terra Indígena, e considera o risco dos indígenas diante da escalada de casos após as contaminações na empresa.

Segundo o último boletim epidemiológico, de terça-feira, dia 23, a Terra Indígena Tekoha Ocoy tinha 35 casos confirmados da doença, 18 casos suspeitos (aguardando resultado), 15 casos suspeitos (aguardando coleta), 24 descartados e um profissional afastado. Segundo o cacique, não há nenhum indígena em estado grave. 

Escalada de casos, ações de segurança e violência

O primeiro caso na Terra Indígena foi confirmado na quarta-feira, dia 17. Tratava-se de um trabalhador da empresa Lar, de 31 anos. No dia seguinte, quinta-feira, mais três casos foram confirmados. Entre eles estava um bebê de pouco mais de um mês de vida, que precisou ser internado. A criança foi liberada no mesmo dia, mas acendeu a preocupação da disseminação da doença na aldeia.

Apesar disso, segundo o cacique, até então a empresa não havia dispensado os indígenas, embora o Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 na Atenção Especializada, elaborado pelo Ministério da Saúde, considere como grupo de risco a “população indígena aldeada ou com dificuldade de acesso”, o que vai de acordo com uma portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai), que estabelece medidas temporárias de prevenção à infecção e propagação da Covid-19 em terras indígenas.

Desde os primeiros casos confirmados, trabalhadores indígenas da empresa se negaram a ir para evitar mais exposição ao vírus. Também como forma de evitar exposição, o cacique e outras lideranças fecharam as duas entradas da aldeia e começaram a encaminhar os indígenas à escola da comunidade, onde eram monitorados.

Na madrugada de sábado (20), no entanto, menos de 24 horas após o fechamento da entrada da Terra Indígena, um veículo driblou a barreira e entrou na comunidade. Segundo o cacique, o motorista estava embriagado e ameaçou as lideranças indígenas devido ao fechamento das entradas. Também foram ouvidos disparos de arma de fogo. O homem fugiu e deixou o carro na aldeia, que foi retirado na tarde de sábado, após o cacique denunciar a invasão. 


Segundo cacique, homem embriagado invadiu a aldeia com carro, na madrugada de sábado, e fez ameaças contra a comunidade / Divulgação

Setor verde e vermelho

A Defesa Civil e a Guarda Municipal de São Miguel do Iguaçu foram à comunidade no mesmo dia. Eles auxiliaram a interditar a comunidade e fechar as entradas desbloqueadas com a passagem do veículo, além de realizarem a desinfecção das casas, carros, bancos, escola e da Unidade Básica de Saúde (UBS) – o que atendia a pedidos da reunião com as autoridades. Também foram instaladas barracas e instituídos os setores “verde” e “vermelho” na Terra Indígena.

De acordo com este novo protocolo, no setor verde, onde há cinco barracas e oito salas de aula, devem permanecer indígenas com suspeita de Covid-19 e que estejam sintomáticos. A permanência deles na área verde deve se dar a partir da coleta do exame até o resultado. Caso estejam com a doença, eles serão encaminhados ao “setor vermelho”, onde haverá o isolamento coletivo, que deve durar 14 dias. 


Defesa Civil e Guarda Municipal de São Miguel do Iguaçu instalaram barracas e elaboraram protocolos de ação para setores “verde” e “vermelho” / Iélita Santos

Plano de contingência

As medidas fazem parte de um plano de contingência elaborado pelas autoridades e que contempla três áreas de ações: Assistência aos pacientes com Covid-19 que agravarem na Aldeia; Ação de Diagnóstico dos Suspeitos Sintomáticos e Isolamento Individual; e Isolamento/quarentena dos casos.

Apesar de contemplar todas as áreas, o plano apresenta 15 pendências, que não possuem prazos de cumprimentos, ou seja, deixam em aberto quando as medidas serão completamente efetivadas. Entre elas estão os aluguéis de banheiros químicos a serem distribuídos na Terra Indígena, contrato com empresa que distribua marmitas – café da manhã, almoço e janta –, disponibilização de uma técnica para realizar a coleta dos exames de Covid-19, instalação de computadores com câmera para acompanhamento de telemedicina para os setores verde e vermelho, providenciar a separação entre cozinha e banheiro no setor vermelho e conseguir colchões e material de higiene individual para o setor verde.

O documento também cita o hospital Padre Germano Lauck (HMPGL), de Foz do Iguaçu, como referência para atendimento aos indígenas em caso de agravamento. Mas segundo o último boletim divulgado pelo hospital, no dia 22 de junho, às 19h, a ocupação de leitos de UTI Covid na unidade era de 75%, com cinco leitos disponíveis para 15 ocupados. Já os leitos de isolamento transitório estavam com 67% de ocupação (8 ocupados e 4 disponíveis), e os leitos de enfermaria com 20% de ocupação (10 ocupados e 44 disponíveis).

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Funai e a Lar Cooperativa Agroindustrial, mas não foi respondida até a publicação desta reportagem.

 

Editado por: Lia Bianchini
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