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Em SP, entregadores de apps fazem "esquenta" para nova greve nacional no dia 25

Trabalhadores estão mobilizados para a segunda edição do #BrequeDosApp, por melhores condições de trabalho

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Manifestação na Avenida Paulista na tarde desta quinta-feira - Rafael Felix

Na tarde desta quinta-feira (23), entregadores de aplicativos realizaram uma “pré-manifestação” na Avenida Paulista, região central de São Paulo, a partir das 15h. O objetivo é realizar um “esquenta” para o protesto que ocorrerá no sábado (25), sob o vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), quando será realizada também a segunda paralisação nacional dos entregadores, conhecida como #BrequeDosApps.

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Os entregadores pedem para que a população não faça pedidos por aplicativos no dia 25. “Apoiem os motoboys em sua paralisação por melhores condições de trabalho. Não façam pedidos nos apps neste dia. Os motoboys correm todos os dias por vocês, corram um único dia por eles”, publicou nas redes sociais o perfil Treta no Trampo, que divulga as manifestações.

Segundo os organizadores do protesto, conforme publicam nas redes sociais, o objetivo é reivindicar melhores condições de trabalho para a categoria, principalmente o aumento das taxas mínimas que os entregadores ganham a cada corrida, o fim dos bloqueios que consideram injustos contra os entregadores, auxílio dos aplicativos para os trabalhadores que se contaminarem por covid-19 ou se acidentarem e suporte para conserto dos veículos.

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Entregadores fazem "pirâmide de bags" na Avenida Paulista / Rafael Felix

Os manifestantes também enfatizam que não têm nenhuma relação com sindicatos e partidos políticos. "Bora mostrar pra todo mundo que o movimento do #BrequeDosAPPs não é de nenhum sindicato ou partido, e sim de todos os entregadores do breque", publicou o perfil Treta no Trampo.

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No dia 14 de julho, no entanto, o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo (Sindimoto-SP) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) fizeram uma manifestação que percorreu diversas ruas e avenidas de São Paulo, com as mesmas reivindicações. No dia seguinte, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Eduardo Tuma (PSDB) recebeu um grupo de motoboys sindicalizados, quando anunciou a formação de uma comissão de estudos para analisar as demandas. 

Edição: Rodrigo Chagas