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EUA indicam que vacina para covid-19 deve custar cerca de R$ 200

País comprou todas as eventuais doses produzidas em 2020 pela Pfizer e BioNTech

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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As empresas anunciaram, na última segunda-feira (20), que os estudos em cima das vacinas têm mostrado resultados positivos - Douglas Magno / AFP

A vacina para a covid-19 ainda não existe, mas os EUA já sugeriram que o preço internacional para uma dose deve oscilar em torno de US$ 40 (o equivalente a R$ 200).

Por US$ 1,95 bilhão (equivalentes a cerca de R$ 10 bilhões) o país acertou nesta quarta (22) com os laboratórios farmacêuticos Pfizer e BioNTech a compra de 100 milhões de doses, caso o medicamento seja aprovado em testes. 

A quantidade representa toda a capacidade de produção destes laboratórios até o final do ano. 

Para 2021, os laboratórios calculam a produção de 1,3 bilhão de doses, das quais 600 milhões de doses serão vendidas aos Estados Unidos, conforme o acordo fechado. Assim, sobram 700 milhões de vacinas para todos os outros países. Com a medida, o presidente Donald Trump repete a decisão tomada no começo da pandemia de confiscar máscaras protetoras e declarar que não queria nenhum outro país “conseguindo máscara” se a própria nação não conseguisse. 

Analistas da indústria farmacêutica afirmaram à Reuters que os EUA criaram uma referência de preço ao fechar o acordo com os dois laboratórios, estimulando outras empresas a seguirem a mesma tabela de valores.

O valor e a quantidade estabelecidos no acordo gera vacina suficiente para 50 milhões de cidadãos dos EUA por um preço de US$ 40 por pessoa. Segundo Peter Pitts, presidente do Centro para Medicina de Interesse Público, esse preço está “dentro da média da sensatez”, visto que “o preço médio de uma vacina antigripal é cerca de US$ 40”.

Ugur Sahin, CEO (Chefe Executivo do Escritório, em uma tradução literal de Chief Executive Officer) da BioNTech afirmou que a equipe está satisfeita por assinar “este importante acordo com o governo dos EUA”. Na mesma linha, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, disse que todos estão "comprometidos em tornar o impossível possível, trabalhando incansavelmente para desenvolver e produzir em tempo recorde uma vacina segura e eficaz para ajudar a pôr fim à crise global de saúde".

As empresas anunciaram, na última segunda-feira (20), que os estudos em cima das vacinas têm mostrado resultados positivos. Ambas precisam passar por uma fase de testes que deve ser realizada no Brasil e em outros países. 

 

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho