A crise econômica impacta o continente latino-americano. No início de 2020, as previsões eram de queda da economia e desemprego, e com a pandemia de Covid-19, o cenário piorou. E os governos não souberam proteger seus povos. Brasil, Peru, Colômbia, Chile, Equador e México (este no início da pandemia), são países com graves crises sanitárias e sociais, com índices elevados de contágio. Por outro lado, Cuba, Venezuela destacam-se com políticas de saúde pública e preventiva.
Nesse cenário turbulento, as elites e a direita latino-americana, aliadas aos EUA, buscam barrar governos e candidaturas populares. Na Bolívia, o presidente Evo Morales foi arrancado do poder em 2019, num golpe de Estado de caráter racista e antipopular, e agora Evo é inabilitado para disputar o senado. Nas eleições de outubro próximo, mesmo que seu partido tenha maioria, corre o risco de não assumir.
No Equador, o ex-presidente Rafael Correa não pode disputar eleições. O ativismo judicial contra líderes de esquerda cresce em nossa América. No dia 9, houve protesto de 50 viaturas da polícia de Buenos Aires diante do palácio de governo. O presidente argentino, Alberto Fernández, criticou a ação. A elite em cada país da América Latina despreza a democracia e se mostra agressiva, principalmente neste momento de crise. Resistência popular é urgente!