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Início Bem viver Cultura

Dia da Árvora

Caatinga é um dos biomas menos protegidos do Brasil

Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga abriga uma diversidade de animais e vegetação

21.set.2020 às 17h52
Juazeiro do Norte (CE)
Rodolfo Santana

Bioma é rico em diversidade vegetal e animal. - André Pessoa

Pelas paisagens do sertão cearense, assim como em boa parte do nordeste brasileiro, a caatinga é o tipo de vegetação que salta aos olhos. O senso comum do povo nordestino aos olhos da parte mais ao sul do país se acostumou a associar o bioma com devastação e seca. No entanto, a diversidade de flora e fauna da caatinga é imensa, e a falta de políticas efetivas de preservação castiga a caatinga de forma semelhante à seca.  

Bioma brasileiro
A palavra caatinga tem origem tupi-guarani e significa mata ou floresta branca. O povo indígena que primeiro habitou a região, batizou o bioma dessa forma porque na estação seca a maioria das plantas da caatinga perde as suas folhagens, dando destaque a paisagem esbranquiçada dos troncos das árvores característica do ecossistema. “Essa característica é uma adaptação fisiológica do bioma, pois para não perder água durante os períodos de estiagem, a vegetação acumula a água que seria ‘perdida’ na atmosfera pela respiração das plantas, nos caules e troncos da vegetação” explica Deiziane Cavalcante, agrônoma e doutoranda em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial pela Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE). 
Essa flora típica do bioma possui mais de 4.479 espécies vegetais com um número expressivo de espécies endêmicas que são as que existem apenas nessa região do planeta. Além da vegetação, a caatinga é também um ecossistema rico em biodiversidade. De acordo com dados de pesquisa compilados no livro Atlas da Caatinga, publicação conduzida pela fundação Joaquim Nabuco em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e outras instituições de ensino superior, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. 
Toda essa diversidade de vida está distribuída em uma área territorial de quase um milhão de km², representando 11% do território nacional, se estendendo por Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e pelo norte de Minas Gerais. De acordo com o IBGE, a caatinga abriga cerca de 27 milhões de brasileiros, 6,75 milhões de famílias, grande parte (38%) habitando áreas rurais.  

Preservação urgente 
O Atlas da Caatinga constatou ainda que, nas 14 áreas de Unidades de Conservação (UC) que a pesquisa foi realizada, dos 13.634,46 km², 18,68% sofreram distintos processos de degradação ambiental. “Os sistemas produtivos existentes na área de domínio da Caatinga são realizados, na maioria dos casos com técnicas de manejo e uso do solo inadequado, excedendo a capacidade de suporte natural das condições edafoclimáticas locais, o que desencadeia a deterioração ambiental e o surgimento de inúmeros impactos ambientais.” destaca Ana Cristina da Costa Feitosa, Engenheira Agrônoma Técnica do Setor de Produção e Agroecologia do MST no Ceará. Dentre os principais problemas que ameaçam a preservação do bioma está também o corte ilegal de madeira para produção de lenha e carvão para indústrias siderúrgicas e olarias. Outro grande problema são as queimadas utilizadas para preparar o solo para produção pecuária em larga escala. “As queimadas recorrentes que acontecem na Caatinga elas não só matam a flora mas mata também toda a fauna, todos os organismos vivos que estão ali naquele ambiente deixando esse solo desprotegido” pontua Deiziane.

Ações em movimento
O MST desenvolve o Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) em diversos assentamentos rurais, realizando por exemplo, a exploração madeireira da Caatinga de forma sustentável com um manejo consciente que respeita o solo e permite a sua preservação. “Uma grande conquista foi a concretização de cinco PMFS nos assentamentos Bernardo Marin II, Chico Mendes, Croatá/Jandaíra, Riacho das Melancias e Santa Fé, permitindo aos assentados a geração de renda e a exploração sustentável da caatinga.” relata Cristina.
O Movimento promove ainda o Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” que tem como meta realizar o plantio de 100 milhões de árvores nos próximos 10 anos.  Como uma ação do plano, entre os dias 20 e 26 de setembro, a semana em que se comemora o Dia da Árvore, as famílias do MST promovem uma campanha de plantio de mudas por todo o Brasil. No Ceará, o plantio será feito também em memória das vítimas da covid 19, massificando o plantio em assentamentos ameaçados de despejo.   
 

Editado por: Monyse Ravena
Tags: brasilcaatinga
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