Centenário

Transmissão online discute legado de Ana Primavesi, pioneira da agroecologia no país

Canal Tutaméia entrevista filha e biógrafa da pesquisadora referência mundial do tema nesta sexta-feira (2)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Será possível acessar o conteúdo online por meio do Facebook e do canal do Youtube Tutaméia TV - Foto: Acervo/Ana Maria Primavesi

Em celebração ao centenário da engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi, que completaria cem anos neste sábado (3), o canal Tutaméia TV realiza uma live para discutir o legado da pesquisadora e a atualidade de sua obra. 

Referência mundial em agroecologia e pioneira do tema no Brasil, Primavesi defende a compreensão do solo como um organismo vivo e foi responsável por avanços nos estudos sobre o manejo ecológico do solo. 

Carin Primavesi, filha da agrônoma, e Vírginia Knabben, autora da biografia Ana Maria Primavesi, histórias de vida e agroecologia, publicada em 2016, serão as entrevistadas da transmissão ao vivo que acontece nesta sexta-feira (2), às 19h. Será possível acessar o conteúdo online por meio do Facebook e do canal do Youtube Tutaméia TV.

:: Conheça a trajetória de Ana Maria Primavesi, referência mundial em agroecologia ::

Nascida na Áustria, onde teve seu primeiro contato com a agricultura por meio de seus pais, Primavesi chegou ao Brasil na década de 50 após ser presa em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Atuou com professora da Universidade Federal de Santa Maria, onde contribuiu para a organização do primeiro curso de pós-graduação em agricultura orgânica. Foi também fundadora da Associação da Agricultora Orgânica (AOO) e ao longo de sua carreira recebeu uma série de prêmios, como o One World Award, da Federação Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica (Ifoam).

Próxima aos movimentos do campo e organizações populares, a pesquisadora participou da segunda edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, em 2017, e defendeu uma relação sustentável entre homem e meio ambiente.

 "Sem a natureza não existimos mais, ela é a base da nossa vida. [Temos que] Lutar pela terra, lutar pelas plantas, lutar pela agricultura. Se não vivermos dentro da agricultura, vamos acabar. Não tem vida que continue sem terra", declarou.

A engenheira agrônoma faleceu em 5 de janeiro deste ano em decorrência de problemas cardíacos.

Edição: Rodrigo Chagas