Dia do Pantanal

Documentário exalta trabalho de brigadistas e mostra destruição do fogo no Pantanal

Filme foi lançado nesta quinta (12), na internet; unidade retratada teve 98 mil dos seus 108 hectares devastados

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Trabalho de combate ao fogo em reserva foi feito por equipes de brigadistas do Sesc Pantanal, das Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros, do ICMBio e do Ibama - Maike Toscano/Secom/MT

Neste 12 de novembro, quando se comemora o Dia do Pantanal, o bioma ganhou um registro histórico que mostra a luta daqueles que se dedicaram a apagar as chamas na maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal. É o documentário “Heróis do Fogo”, produzido pela instituição e lançado nesta quinta (12), na internet.

Desde julho deste ano, o Pantanal é alvo de queimadas que assolam a fauna e a flora locais e já devastaram pelo menos 28% de todo o seu território, segundo cálculos do Instituto SOS Pantanal. O trabalho de combate ao fogo se dividiu em diferentes ações, com equipes de brigadistas do Sesc Pantanal, das Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros e ainda de órgãos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

É a esses grupos que se volta o documentário, trazendo 20 minutos de cenas fortes do rastro de destruição do fogo, imagens de bichos que sobreviveram às chamas e ainda relatos de quem atuou na linha de frente do problema.

O filme destaca, entre outras coisas, que, apesar de as queimadas terem atingido 91% da reserva, parte do bioma foi preservada, com animais que sobreviveram a partir do trabalho das brigadas. Os profissionais conseguiram desacelerar o ritmo das chamas para ajudar os bichos a se deslocarem para áreas não atingidas.

A reserva compreende 2% da extensão do Pantanal e teve 98 mil dos seus 108 mil hectares afetados. A área era conservada há 23 anos. “As primeiras chuvas e o verde que surgem apagam momentaneamente as marcas do fogo, que são muito profundas e têm impactos que vão durar anos. Não queremos que tudo o que houve seja esquecido e, principalmente, o objetivo deste registro é ser um alerta para o que não queremos viver novamente. Para isso, é preciso união, estratégia e ação para os próximos anos”, disse a superintendente do Sesc Pantanal, Christiane Caetano.

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*Com informações do Sesc Pantanal

Edição: Rodrigo Chagas