Mosquito da dengue

Cuidado extra: verão favorece propagação de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti

Dengue, zika e chikungunya preocupam autoridades em plena pandemia de covid 19; Fiocruz lança cartilha de prevenção

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Mosquito Aedes aegypti é vetor de transmissão de uma série de doenças, como a chikungunya: isolamento social impediu vigilância sanitária de fazer estudos prévios para verão de 2021
Mosquito Aedes aegypti é vetor de transmissão de uma série de doenças, como a chikungunya: isolamento social impediu vigilância sanitária de fazer estudos prévios para verão de 2021 - Arquivo/Agência Brasil

No verão, as altas temperaturas e umidade, combinadas com as chuvas, tornam o ambiente mais favorável para a propagação dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, que provocam doenças como a dengue, a zika e a chikungunya.  

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Por isso, a principal recomendação é eliminar todos os recipientes que possam acumular água dentro de casa e servir de "moradia" para o Aedes aegypti, a exemplo de calhas de chuvas, bandejas de ar-condicionado, vasos sanitários pouco utilizados, garrafas e ralos externos. Caso não seja possível eliminá-los, é necessário vedá-los devidamente.

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Segundo Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fioruz), “quanto maior a quantidade de insetos, maiores são as chances de transmissão dos vírus pelo Aedes. Precisamos redobrar a atenção com a chegada do verão”, comenta a bióloga.

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Nas palavras de Valle, “a fêmea espalha seus ovos por diversos locais. Não podemos nos tranquilizar e encerrar a verificação se no primeiro local já forem encontrados ovos ou larvas. Devemos ficar ainda mais alertas e verificar outros locais próximos”. 

Aedes e covid-19

Devido às medidas de distanciamento social por conta da pandemia, os agentes da vigilância sanitária não puderam realizar o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) deste período. O estudo é feito a partir de visitas periódicas em residências com o objetivo de analisar o índice de infestação de Aedes, e é “fundamental para subsidiar a definição de estratégias de políticas públicas para o enfrentamento das arboviroses", afirma Valle.

Unidades lotadas

Sem os estudos realizados tradicionalmente todos os anos e com as condições do verão, a preocupação é com a possibilidade de aumento dos casos de dengue, colocando os hospitais em situação precária. Isso porque há unidades de saúde que já estão trabalhando com a capacidade máxima, devido ao aumento de casos de covid-19.

Essas e outras informações estão disponíveis na Cartilha dos 10 minutos contra o Aedes, produzida pela Fiocruz. 

Edição: Daniel Lamir