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No pior momento da pandemia de covid-19 no AM, oxigênio da Venezuela chega a Manaus

Carregamento com 100 mil litros de oxigênio foi entregue na noite de terça (19)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Os dois primeiros caminhões chegaram em Manaus ainda no último fim de semana - Chancelaria Venezuela

No momento em que o Amazonas vive seu pior momento desde o início da epidemia de covid-19, cerca de 100 mil litros de oxigênio chegaram à capital Manaus, no fim da noite da terça-feira (19), da Venezuela. No total, foram oito caminhões carregando o material da cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela, à capital amazonense. Os dois primeiros caminhões chegaram em Manaus ainda no último fim de semana.

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De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o consumo de oxigênio aumentou cerca de 130% de abril de 2020, o primeiro pico da doença, para o dia 13 de janeiro de 2021, quando ficou evidente para todo o país a escassez de oxigênio. 

O cônsul da Venezeula em Boa Vista falou sobre a chegada do oxigênio, nas redes sociais:

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Vianna, em um vídeo publicado na internet, no dia 14 de janeiro, pacientes estavam sendo mantidos vivos “pelo esforço dos profissionais médicos, enfermeiros e técnicos”. 

::Dias antes da falta de oxigênio em Manaus, bolsonaristas comemoraram fim de lockdown::

“Uma situação terrível que nós temíamos e denunciamos. Nesse momento, faço um apelo a todas autoridades que se unam para que possamos de forma emergencial encontrar solução. Transportar oxigênio de outros estados em caráter de guerra é uma necessidade para salvar vidas”, afirmou Vianna nas redes. 

De acordo com o boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgado às 18h desta terça-feira (19), foram registrados 6.450 óbitos e 233.971 casos da doença no estado. Na semana do dia 3 a 9 de janeiro foram registrados 344 óbitos, sendo que na semana anterior, de 27 de dezembro a 2 de janeiro, foram contabilizadas 152 mortes. 

A alta também pode ser observada no número de novos casos da doença. Entre 3 e 9 de janeiro foram 11.129 novas pessoas infectadas e, na semana anterior - 27 de dezembro a 2 de janeiro -  foram 5.930. Menos que a metade. 

Edição: Rogério Jordão