cadê as mulheres?

Programa Bem Viver fala sobre disparidade de gênero nos cargos políticos brasileiros

Mulheres são 52% da população brasileira, mas ocupam apenas 15% das cadeiras parlamentares

Ouça o áudio:

Foto histórica do dia em que mulheres conquistaram o voto no Brasil (1932) - TSE
A desigualdade de gênero na política reflete um passado recente que impedia mulheres de votar

O programa Bem Viver desta quarta-feira (24) traz uma voz diferente. A novidade, é que o jornalista Douglas Matos irá assumir a apresentação enquanto Nara Lacerda, a habitual apresentadora, estiver de férias. E falando em novidades, esta edição aborda a recente concessão de registro da vacina Pfizer no Brasil, atualizações sobre as enchentes enfrentadas pela população do Acre, dados sobre a paralização da reforma agrária no território brasileiro e uma matéria sobre a participação das mulheres na política nacional.

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Mulheres na política

O direito das mulheres ao voto só se tornou realidade no Brasil em 1932, ainda assim, sendo restrito para alfabetizadas e empregadas. De lá para cá, a desigualdade de gênero na política brasileira continua sendo um impasse. Na América Latina, por exemplo, o Brasil ocupa o nono lugar, entre onze países, de acordo com o índice de Direitos e Participação Política de Mulheres, divulgado em setembro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a ONU Mulheres, com o apoio da organização IDEA Internacional.

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Para Lígia Fabris, advogada e professora de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a posição é vergonhosa. "Parece um enigma. Na América Latina inteira muitos países tiveram avanços fantásticos nos últimos tempos e o Brasil continua persistindo no atraso. O país mantém baixíssima representatividade de mulheres na política e é motivo de vergonha mundial, regional, em todos os aspectos. Para visualizar o tamanho do retrocesso, a Arábia Saudita tem mais mulheres na política do que nós".

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Vacina contra coronavírus

A primeira vacina contra o coronavírus a receber o registro definitivo no Brasil, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é o imunizante produzido pelos laboratórios estadunidense Pfizer e o alemão BioNTech. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (23). Todavia, ela não está disponível no país, ao contrário das vacinas de Oxford e a CoronaVac, que já estão sendo utilizadas, mas apenas com a autorização de uso emergencial. 

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Calamidade pública

O estado do Acre encontra-se em calamidade pública após 10 cidades serem atingidas pelas cheias dos rios da região. Para agravar a situação, a população enfrente um surto de casos de dengue acompanhado do aumento dos casos de coronavírus. Em relação ao mesmo período no ano passado, as três primeiras semanas de 2021 registraram um aumento de 480% dos casos de dengue. Por conta disso, o governador do estado, Gladson Cameli (PP), renovou a classificação de bandeira vermelha em relação as restrições de circulação de pessoas. 

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Reforma agrária 

Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), a reforma está paralisada. Pela proposta orçamentária elaborada pelo governo para 2021, a verba para regularização fundiária é a menor em 25 anos. Ao mesmo tempo, o país registra o aumento da violência no campo e contra populações tradicionais. Em reportagem produzida pela Rádio da Universidade Estadual Paulista (UNESP), você confere mais explicações e informações sobre a paralização da reforma agrária no Brasil. 


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

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Edição: Michele Carvalho