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“Não quero ser vereadora de bravata, quero ter leis aprovadas”, avisa Flávia Hellen

Eleita pelo PT em Paulista (PE), Flávia avalia ser a única parlamentar de esquerda entre os 15 do município

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Flávia Hellen militou por anos no movimento estudantil, é preta, lésbica, historiadora e está cursando graduação em direito. - Kananda/Comunicação Flávia Hellen

Após três gestões do PSB, com Yves Ribeiro (2009-2012) e Junior Matuto (2013-2020), o município do Paulista voltou a eleger o ex-prefeito Yves, desta vez no MDB. Entre os 15 vereadores, o PSB tem a maior bancada (5) e os partidos progressistas contam ainda com parlamentares do PDT, PCdoB e PT – uma cadeira cada. Com 330 mil habitantes, o Paulista é o 6º maior município de Pernambuco e tem o 10º maior PIB entre os municípios, movido principalmente pelos setores de comércio e serviços e o da indústria.

O Partido dos Trabalhadores, que no pleito anterior (2016) estava tão desestruturado no Paulista que sequer teve chapa de vereadores, voltou a ter uma parlamentar: a primeira mulher negra a assumir uma cadeira naquela Câmara Municipal. Flávia Hellen tem 27 anos, militou por anos no movimento estudantil, é preta, lésbica, graduada em História e está cursando Direito. Na entrevista, ela falou sobre o recente caso de racismo numa marina no Paulista, tratou dos problemas do município, desafios do mandato e opinou sobre o papel do PT nas disputas de 2022.

Brasil de Fato Pernambuco: Esta foi sua segunda disputa eleitoral, tendo a primeira sido a candidatura a deputada federal em 2018. Desta vez você esteve mais confiante na vitória? E quais os setores da sociedade em que sua candidatura teve maior adesão?

Flávia Hellen: Após a campanha de 2018, muito difícil por polarizarmos com o bolsonarismo e ainda perdermos a eleição – e desde então temos visto a destruição do estado –, eu voltei para Paulista com o objetivo de reorganizar o movimento popular aqui na cidade. Uma cidade com a população tão grande e tanta diversidade não tinha movimentos sociais organizados. Iniciamos aqui um núcleo da Marcha Mundial das Mulheres e temos debatido o feminismo popular com as mulheres de periferia, o direito à cidade, lutas por creches, maternidade. Em 2020 vimos que nosso debate conseguiu mobilizar setores importantes como o hip-hop, movimentos feministas, trabalhadores da educação. E decidimos apresentar a nossa candidatura, com esse perfil militante.

Obviamente participamos querendo vencer, mas sabendo que este sistema político não foi feito para eleger pessoas jovens, negras e pobres. Na nossa chapa havia vereador de mandato, mas tínhamos confiança que teríamos uma força política relevante, com um projeto político e um debate que poucos faziam. Entramos para qualificar o debate das eleições. Se desse certo se reverberaria num mandato progressista na cidade. E não à toa hoje sou a única vereadora de esquerda, feminista, antirracista no Paulista. Nossa campanha foi ganhando adesão na cidade, o povo pegando material, dizendo que tinha esperança na nossa candidatura. Conquistamos muitas mentes e corações e vencemos.

Não foi fácil. A cultura política aqui ainda é muito assistencialista, de valorizar quem tem muito dinheiro para colocar na rua, mas conseguimos um movimento interessante com a sociedade civil organizada. Foi uma vitória apertada, com uma diferença de 36 votos, mas foi porque do primeiro ao último dia da campanha, não arredamos o pé de fazermos o que já somos acostumados a fazer como movimentos sociais: conversar com as pessoas, conscientizar, dizendo que a política só muda quando mais gente participa dela. Com muita luta, raça, diálogo, conquistamos conquistar uma das 15 cadeiras da casa. Foi uma eleição com renovação de 60% da Câmara. E não é aquela renovação que só troca as carinhas e mantém o conteúdo político.

Nosso mandato é de enfrentamento à ordem. A pauta do nome social [para travestis e transexuais nos serviços públicos], quando a gente fala na Câmara os vereadores nem entendem o que estamos falando, só dizem que são contra por acharem que é um ataque à família. Veja o nível de conservadorismo. É o que teremos que enfrentar, ainda mais nesse cenário em que o presidente da República empodera esse tipo de discurso. E não é porque me elegi que farei revolução. Sou só uma entre 15. Mas enquanto eu estiver aqui, muitas vozes serão potencializadas e meu mandato será instrumento dessas lutas.

BdF-PE: Quais as pautas que seu mandato deve priorizar este ano ou neste primeiro biênio?

FH: Durante a campanha construímos uma plataforma chamada “Podemos mudar Paulista”, que está disponível nas minhas redes sociais. Ele tem 14 eixos envolvendo educação, meio ambiente, comunicação, segurança etc. Após a eleição fizemos um seminário convocando as pessoas para debatermos essa plataforma. A partir do seminário criamos os eixos de luta, também 14. Como sou o único mandato de esquerda, ligada aos movimentos sociais, as demandas são inúmeras. Todo mundo está procurando o nosso mandato.

Estamos organizando por temas mensais. Começamos com o debate do nome social, por ser o mês da Visibilidade Trans. Em fevereiro estamos pautando a questão da cultura, além da vacina e do auxílio emergencial, cobrando do município sua responsabilidade. Acreditamos que o Paulista tem condições financeiras para pensar uma renda básica municipal. Estamos com um projeto para apresentar nesse sentido. Na cultura estamos lutando por mecanismos que ajudem os trabalhadores da cultura, pressionando pela execução da Lei Aldir Blanc, pautando que os recursos do carnaval sejam destinados aos artistas.

Em março é o mês das mulheres. Vamos nos somar às mobilizações do oito de março, trabalhar as questões das creches, maternidades. No Paulista só tem cinco creches, sendo três através de parcerias público-privadas. Temos mais de 10 mil crianças em idade de creche, mas o município não oferta vagas nem para 10%. É urgente a questão das creches, assim como das maternidades. As mães fazem todo o pré-natal aqui na cidade, mas na hora de parir precisam ir para Limoeiro, Escada, Abreu e Lima, Recife, porque aqui não tem uma maternidade. Em abril é o “abril verde”, debatendo a especulação imobiliária, porque as empreiteiras saíram do Recife e têm desmatado e aterrado rios aqui.


"Nosso mandato é de enfrentamento à ordem", diz a vereadora, que é também militante feminista. / Comunicação Flávia Hellen

BdF-PE: Dentre todos esses problemas elencados, quais você considera os mais importantes ou mais urgentes para o poder público do Paulista atuar?

FH: A questão do meio ambiente é muito séria. A crise hídrica é profunda, com a população passando oito dias sem água. A cidade não tem um plano de desenvolvimento urbano. Mas o principal é a questão da pobreza e do desemprego. Estamos numa pandemia cuja complexidade ainda não entendemos. De janeiro para cá temos visto a população de rua aumentar, as pessoas desesperadas, o preço dos alimentos subindo. A pauta urgente para os movimentos, para os mandatos e governos é a questão do auxílio emergencial e das vacinas. Temos que garantir vacina e renda para o povo sobreviver. A partir daí pensar retomada do emprego, convívio com a covid-19, volta às aulas, mobilidade urbana e meio ambiente. Mas as pessoas estão com fome.

BdF-PE: No fim de janeiro um jovem, estudante universitário, negro, foi vítima de racismo numa marina no bairro de Maria Farinha, no Paulista. Ele ouviu que por ser preto e pobre não merecia estar naquele lugar, se divertir naquele ambiente. Foi agredido fisicamente, tudo filmado e testemunhado. Dois homens e uma mulher, com idades entre 23 e 25 anos, foram presos. Você esperava encarar um caso desses já nos primeiros dias de mandato?

FH: Eu conversei com o rapaz, fui à marina, foi uma confusão. Quando falo do meio ambiente em Paulista, das matas às praias, tudo está privatizado. Temos poucos espaços públicos. Este caso foi logo na volta das atividades legislativas. Temos acompanhado o caso e colocamos uma advogada à disposição. Queremos saber o que o Ministério Público vai fazer. Querem enquadrar como injúria, não como racismo, apesar de o vídeo mostrar.

Mas isso reafirma o papel do nosso mandato, o da primeira negra eleita em Paulista, uma cidade cuja história é contada a partir da perspectiva da família Lundgreen, que teria vindo para cá “trazer prosperidade”. Mas isso aqui era uma terra indígena e negra. Paratibe, Maranguape, eram rotas de quilombo. Somos a única cidade de Pernambuco com a segurança pública feita pela Força Nacional, somos laboratório de Bolsonaro desde a época de Sérgio Moro, para militarizar os territórios negros e pobres.

Fomos dialogar com o estudante, mas também estamos falando com os movimentos negros do estado, para reorganizar o movimento negro na cidade e, nesse espaço legislativo que ocupo, pensar políticas públicas para combater o racismo e promover a igualdade racial.

Nosso primeiro documento aqui na Câmara foi uma emenda à reforma administrativa. Nas atribuições das secretarias não havia o combate à intolerância à população LGBTQI+, não tinha questões raciais, nem Direitos Humanos. Pressionamos para que a secretaria de Políticas Sociais fosse também de Direitos Humanos. Antes da emenda a atribuição dela era fazer política para jovens, idosos e pessoas com deficiência. Aprovamos a emenda para colocar as mulheres, a população LGBTQI+, o combate ao racismo e as questões religiosas. Com isso previsto no organograma da Prefeitura, conseguimos espaço para a promoção dessas políticas públicas.

Agora estamos promovendo reuniões para montar o plano municipal de combate ao racismo e promoção da igualdade racial. Só com políticas públicas afirmativas teremos mais mecanismos para coibir atos como o que aconteceu na marina, além de fazer com que os negros e negras compreendam que unidos, em rede, podemos contrapor essa lógica. Vamos lutar para que a marina se responsabilize também pelo que aconteceu ao jovem negro. Eles postaram uma nota nas redes sociais, mas a funcionária que ajudou o rapaz foi demitida por falar sobre o caso. Isso é muito grave. Nosso mandato vai atuar para que nenhum jovem que resida em Paulista ou que venha a Paulista sofra esse tipo de crime e assédio.

BdF-PE: No Paulista o PT integrou oficialmente a coligação de Francisco Padilha (PSB), mas no 2º turno alguns dirigentes do partido declararam apoio a Yves Ribeiro (MDB), que acabou eleito. Qual foi sua posição naquele momento e qual a sua posição hoje na Câmara?

FH: Desde as prévias a minha posição foi de candidatura própria do PT à prefeitura, porque o Paulista precisa de uma alternativa popular e progressista. Todos os 10 candidatos tinham alguma ligação com a gestão [do ex-prefeito] Junior Matuto, que na nossa avaliação foi muito ruim para Paulista. Mas o PT tem muitas disputas internas. Nós perdemos a tese e o PT aprovou o apoio ao PSB. Eu construo o partido, respeito as decisões, mas não fiz minha campanha atrelada ao PSB. Não poderia me atrelar a um projeto no qual não acredito. No 2º turno a Executiva municipal fez uma autocrítica e liberou para apoiar quem quisesse.

A maioria da direção municipal se somou à campanha de Yves. Àquela altura eu já havia conquistado meu mandato e optei por não me somar a nenhum dos dois projetos. Eu lancei uma nota nas minhas redes sociais dizendo que Paulista precisa ascender a esperança de novos tempos, que não havia diferença da trajetória ou projeto político entre aqueles dois candidatos. Nós enquanto partido e movimentos sociais de esquerda até somos organizados no Recife, mas muito esfacelados quando nos distanciamos um pouco da capital. E é urgente contribuirmos na construção de um novo projeto para Paulista.

O Partido dos Trabalhadores está neste momento debatendo que posição vai tomar em relação ao governo Yves. Não estamos oficialmente no governo e o meu mandato segue na pegada da eleição, de maneira independente. Mas sou minoria e represento um partido político que, acredito eu, precisa pautar o plano de governo da atual gestão. Na ocasião da rejeição ao meu projeto do nome social pelos vereadores, a gestão acabou publicando um decreto tornando obrigatório o uso do nome social. Não declaramos ainda uma posição em relação ao governo. Vou fazer o que prometi na campanha: apresentar proposta, fiscalizar, apoiar quando acerta, reclamar quando erra e ajudar Paulista no espaço em que estamos. Mas sou do PT e vou seguir o que o partido definir, mas também dentro do que acredito.


Vereadora recém-empossada, a petista lamenta que o município com tamanha relevância tenha uma vida política e institucional tão "provinciana". / Comunicação Flávia Hellen

BdF-PE: Entre os seus companheiros de Câmara, além de você do PT, há uma vereadora do PDT, Marcelly; outra do PCdoB, Cassiane. Você já estabeleceu relação com elas? Existe alguma possibilidade de formar um bloco que consiga avançar pautas progressistas? Ou os blocos são só governo e oposição?

FH: Eu converso com ambas. O PCdoB aqui no município não tem vida orgânica, é só uma legenda eleitoral. A companheira [Cassiane] é uma jovem evangélica, que não é assumidamente de esquerda, mas disse que votaria nos meus projetos, é aberta ao diálogo. Já a do PDT é assumidamente “centrão”, mas que tem espaços para diálogo. Não as vejo como pessoas que travariam nossos projetos, mas não tenho ilusão que sejam aliadas de primeira linha.

Nossa emenda sobre as atribuições da prefeitura contou com assinatura da Marcelly da Aquarela (PDT), mas na pauta do nome social ela não se pronunciou. Mas precisamos ir construindo alianças dentro da casa para avançar debates sobre Direitos Humanos, combate às opressões, transparência. O PSB aqui em Paulista tem cinco vereadores, cada um numa linha ideológica diferente.

Difícil pensar quem poderia contribuir num plano programático para a cidade, seja em educação, saúde ou participação. Há atores na cidade que conseguem fazer esse debate. Mas na Câmara é difícil, falta conteúdo político. A cultura ainda é de eleger o “do Gás”, “do Peixe”. Somos a sexta maior economia do Estado, mas a gente não tem conferência, os conselhos de controle da sociedade civil muito precarizados, aqui na Câmara ainda estamos lutando para ter uma TV da casa, uma rede social da Câmara de vereadores. Muito provinciano.

Há pautas em que todos discordam de você. E a gente precisa construir um canal de diálogo, porque tenho responsabilidade com o espaço em que estou e não quero ser vereadora de bravata. Eu quero ter leis e requerimentos aprovados. Daqui a quatro anos quero ter dado uma contribuição à cidade. Se eu não dialogar, vou todo dia subir na tribuna reclamar, mas não vou aprovar nada. Não posso colocar barreiras, quero construir pontes.

BdF-PE: Sobre o PT em Paulista. Em 2012 tiveram Sérgio Leite como candidato a prefeito. Naquela eleição o PT elegeu um vereador apenas, Fábio Barros, hoje no PDT. Em 2016, sem Sérgio Leite, foi bem pior. O PT sequer lançou chapa de vereadores. Agora em 2020 o PT voltou a ter um mandato eleito e a chapa recebeu mais de 6 mil votos na chapa. Como está estruturado o PT no Paulista e o que você tem pensado para o diretório da cidade?

FH: O saldo foi positivo. Retomarmos esse espaço na Câmara e com uma pessoa com identidade do PT, com bandeiras e projetos. Não entrei no PT para disputar eleição, mas por acreditar no partido como instrumento de transformação da vida da classe trabalhadora. Mas a chapa de vereadores foi montada subordinada ao PSB, com metade das candidaturas vindas do governo Junior Matuto (PSB), com o objetivo de reeleger o vereador [Nildo Soldado] que tinha mandato.

Hoje a direção do PT, na minha avaliação, está muito aquém dos desafios do papel do PT neste momento. É o desafio de construir unidade, movimentos, estrutura para derrotar o fascista, miliciano e a burguesia rentista. O desafio não é só do PT, mas por ser o maior partido do país, tem uma responsabilidade imensa. E o PT de Paulista precisa melhorar sua vida orgânica. Tivemos 6 mil votos na chapa, mas temos mais de 5 mil filiados aqui no município. E o partido não pensou uma campanha de legenda, “vote no 13”. Não foram capazes de pensar que era mais estratégico lançar uma candidatura própria [à prefeitura] no 1º turno, já que aqui são dois turnos.

BdF-PE: Na eleição municipal de 2020 observamos em Pernambuco uma perda de espaço do PSB, mas o partido continua hegemônico. E vimos avançar o MDB de Jarbas e Fernando Bezerra Coelho; também avançaram partidos como o PP, do Centrão; o Republicanos, da Igreja Universal; o PL de Anderson Ferreira, que conquistou o Cabo de Santo Agostinho. O que é que você visualiza para o cenário estadual em 2022? Qual é o papel do PT nesse cenário e que relação deve ser estabelecida com o PSB?

FH: A primeira tarefa do Partido dos Trabalhadores é construir caravanas para conversar com as pessoas. Não podemos deixar para debater em 2022 ou se resumir às eleições. Apesar de no último período o PT ter tentado ser uma máquina eleitoral, ele não consegue. Sua força e trajetória está na organização do povo. A direita liberal está tentando se tornar o polo opositor do bolsonarismo. Se a esquerda não entender isso, seremos um peixe no anzol da direita. Nossa prioridade é derrotar o bolsonarismo, sem se iludir com a direita liberal.

O PT em Pernambuco tem que começar para ontem o debate com o campo progressista a nossa tática eleitoral. Já vi que tem a construção do nome do PSB [Geraldo Julio] e desse campo; também vi a junção de Raquel Lyra (PSDB) com Anderson Ferreira (PL), uma tentativa de unidade da direita para vencer o PSB. Enquanto isso o PT está sem saber o que fazer, se vai ser Marília Arraes, se vai ser Humberto Costa.

Na minha opinião o PSB em Pernambuco já deu. Mesmo tendo dado apoio a Haddad (PT) em 2018, foi muito aquém do esperado. Lembro que no 2º turno a gestão do PSB aqui em Paulista disse que tanto faz quem ganhasse. Sei que o PSB está muito enraizado na estrutura de poder, para derrubar é difícil. Mas se não colocarmos uma alternativa, os insatisfeitos votarão na direita.

O PT ainda tem um capital eleitoral muito forte. Seria mais estratégico ter uma candidatura própria no primeiro turno junto com outros partidos de esquerda. O campo progressista precisa ter uma candidatura, que não necessariamente é do PT. Pode ser do PSOL ou PDT, enfim. Precisa discutir essa frente, pensar uma alternativa de poder em Pernambuco, mas que ajude a dar condições no enfrentamento nacional. A prioridade é derrotar Bolsonaro.

O cenário nacional caminha para uma polarização muito ruim para a gente, com os “liberais” se apresentando ao país como a alternativa ao bolsonarismo, que a gente sabe ser mentira, já que estão super contemplados com a política de Paulo Guedes.

Não tem fórmula mágica. É ir para a rua, conversar com as pessoas, lutar por auxílio emergencial e contra a fome. Garantir que nossa tática do ano que vem esteja conectada com essas lutas, porque partido de esquerda tem que ser assim. Não pode achar que ficar numa salinha com ar condicionado fazendo conta, depois jogar para a rua e achar que vai dar certo. A cúpula do PT ainda faz isso, mas não dá certo. Sou uma soldada para construir alternativa de poder, não de campanhas eleitorais.

Edição: Vanessa Gonzaga