Soberana

Campanha pede que Brasil compre vacina produzida por Cuba contra a covid-19

Lançamento ocorre nesta segunda-feira (1º), às 18h, com presença do ex-ministro Alexandre Padilha

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Voluntários participam da fase de testes da vacina Soberana 02 - Yamil Lage/AFP

Organizações de solidariedade a Cuba lançam, nesta segunda-feira (1º), a campanha "Mais vacinas – Soberana", para pedir ao governo brasileiro a compra do imunizante produzido na ilha caribenha contra a covid-19.

A vacina Soberana 02 inicia, em março, o ensaio clínico da fase 3. A campanha pede que esse último ensaio seja trazido ao Brasil, para facilitar a aplicação via Sistema Único de Saúde (SUS). 

Participam do lançamento da campanha o médico e professor Leandro Bertoldi, o cônsul cubano Pedro Monzon e o médico e pesquisador Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde.

"Uma vez que não temos como fabricar uma vacina própria, temos que adquiri-la no exterior", diz texto divulgado pelos organizadores.

"Porém, por questões ideológicas desnecessárias, perdemos um tempo valioso desta disputa, o que nos colocou no final da fila para aquisição das vacinas em um cenário internacional onde existe grande procura e pouca oferta", ressalta o comunicado.

A Soberana 02 foi desenvolvida pelo Instituto Finlay, que tem décadas de experiência na produção de diversas vacinas para o mercado cubano e para a exportação. 

O Instituto Finlay prevê a produção, somente neste ano, de 100 milhões de doses da vacina Soberana 02.

Os organizadores da campanha entendem que, ao comprar as vacinas ainda na fase 3, o Brasil possa garantir um contrato preferencial para adquirir os imunizantes assim que estiverem prontos para aplicação.

Até o momento, o país imunizou pouco mais de 3% da população contra a covid-19.

Edição: Leandro Melito