Cooperação

Venezuela recebe 17 toneladas de ajuda humanitária da China e 500 mil doses de vacina

11º avião está carregado de insumos para combater a covid-19 e doses da Varicell, fármaco do laboratório Sinopharm

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) |
O carregamento foi recebido no aeroporto internacional Simón Bolívar pela vice-presidenta Delcy Rodríguez - Governo da Venezuela

A Venezuela recebeu, na noite dessa segunda-feira (1), o 11º carregamento da ponte aérea com a China, contendo 17 toneladas de materiais para o combate da covid-19, incluindo as primeiras 500 mil doses da vacina Varicell, do laboratório chinês Sinopharm. A ponte aérea Pequim-Caracas já forneceu cerca de 310 toneladas de ajuda humanitária do país asiático aos venezuelanos, desde março de 2020. Os voos são realizados pela empresa estatal venezuelana Conviasa. 

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O Executivo venezuelano já havia iniciado a vacinação em grupos prioritários: trabalhadores da saúde, militares e parlamentares, com a chegada das primeiras 100 mil doses da Sputnik V, no dia 18 de fevereiro. A vacina russa, com eficácia de cerca de 91% contra o vírus sars-cov2, era, até então, a única aprovada pelas instituições sanitárias venezuelanas. Rússia e Venezuela estabeleceram um contrato de 10 milhões de doses do antígeno. 

Agora, com o reforço da vacinação a partir da fórmula da Sinopharm, os professores serão incluídos na lista de prioridades, para iniciar o processo de volta às aulas presenciais. A previsão é de que em abril se inicie a vacinação em massa no território venezuelano. 

O carregamento da vacina chinesa foi recebido no aeroporto internacional Simón Bolívar pela vice-presidenta do país, Delcy Rodríguez; o ministro da Saúde, Carlos Alvarado; a ministra de Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez; e o embaixador chinês em Caracas, Li Baorong.

"Uma notícia que nos enche de esperança", afirmou o presidente Nicolás Maduro em suas redes sociais. 

A Venezuela possui cerca de 140 mil casos confirmados, sendo que 90% já se recuperaram da doença, e 1.348 faleceram pela covid-19.

Edição: Vivian Fernandes