Mulheres rurais

Programa Bem Viver traz as relações entre agroecologia e feminismo

Atuação de camponesas em Choró (CE) afirma que a produção agroecológica não pode abrir mão da equidade de gênero

Ouça o áudio:

Antonia Dantas é agricultora agroecológica e agente comunitária de saúde - Esplar
Camponesas ressaltam a importância da divisão de tarefas domésticas em prol da saúde de todos do lar

Na edição desta sexta-feira (12), o programa Bem Viver destaca a relação direta entre feminismo e agroecologia ao apresentar a experiência de mulheres rurais que vivem no município de Choró, no Sertão Central do Ceará. Ainda no tema do protagonismo feminino, há destaque ainda para iniciativas solidárias de norte ao sul do país em prol do bem estar da mulher. 

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O programa contempla também o aniversário de 30 anos do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que protagonizou importantes embates pela soberania nacional nos recursos minerais e nas fontes de energia. 

Outra pauta abordada explica como se cadastrar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de São Paulo para receber doses que "sobraram" da vacina contra a covid-19.

Feminismo e agroecologia

Você já parou para refletir sobre o lema "sem feminismo não há agroecologia"? Essa afirmação pode pode ser exemplificada em muitas experiências pelo mundo, e uma delas está na organização e protagonismo de mulheres na cidade de Choró (CE). 

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A produção de alimentos nas comunidades choroenses é feita com um processo permanente de luta pela equidade de gênero, afirmando uma das propostas de sustentabilidade do paradigma agroecológico. 

Eliane Lobo é presidenta do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Choró (CE) e ressalta, por exemplo, que a experiência de consórcios agroecológicos na localidade, desde 2003, favoreceu ainda mais a participação política das mulheres. 

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"A nossa discussão é de fortalecer a organização das mulheres no campo. Então, tem que participar. E no movimento sindical a gente abraça toda essa parte de articular, de participar das formações, fazer as formações na base, nas comunidades. Nos municípios somos nós que estamos à frente dos sindicatos que fazemos essa parte, inclusive as mulheres. Nós temos o apoio dos diretores homens, mas é mais nós mulheres que fazemos essa parte das articulações", afirma. 

30 anos do MAB

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) surgiu na década de 1990, incentivado pela criação de outras articulações populares, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O MAB completa 30 anos carregando uma história de protagonismo em lutas importantes pela soberania nacional nos recursos minerais e nas fontes de energia.

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Em entrevista para o Brasil de Fato, Iury Paulino, membro da coordenação nacional do MAB, conta mais sobre a atuação do movimento e sua trajetória nessas últimas três décadas.

Solidariedade feminina

Bem Viver destaca também as iniciativas solidárias de apoio a mulher que acontecem ao redor do Brasil. Dentre elas, está o atendimento ginecológico gratuito realizado pelo Centro Especializado de Saúde da Mulher, localizado em Brasília, no Distrito Federal. A iniciativa visa a promoção do bem estar das mulheres e também o acesso a saúde de qualidade. 

Xepa da vacina

Alguns frascos de vacina contra o coronavírus contêm 10 doses, e não podem ser guardados depois de abertos sob risco de perder a eficácia. Para evitar desperdícios, algumas prefeituras do estado de São Paulo têm aberto cadastros para quem está fora do grupo de risco e deseja se candidatar para receber vacinas que "sobram" ao final do dia. 

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Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Daniel Lamir