Sem fim

Pela primeira vez, mais de 2 mil mortes são registradas em um dia de final de semana

Devido ao esquema de plantão, sábados e domingos registram números inferiores em relação ao restante da semana

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Escalada de infecções amplia demandas em hospitais, com destaque para filas em UTIs e esgotamento dos profissionais de saúde - Hospital de Clínicas de Porto Alegre HCPA / Divulgação

Em meio ao avanço do novo coronavírus no Brasil, o país registrou 2.438 novas mortes nas últimas 24 horas, segundo boletim deste sábado (20) do Conselho Nacional de Saúde (Conass), que acompanha diariamente os números da pandemia. Também houve 79.069 novos casos de contaminação confirmados nesse intervalo de tempo.

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Com isso, o país contabiliza agora a marca de 292.752 óbitos e 11.950.459 infecções totais notificadas desde o início da pandemia em solo nacional, em março do ano passado, quando começou a contagem. 

É a primeira vez que o Brasil tem mais de 2 mil mortes contabilizadas em um dia de final de semana. Devido ao esquema de plantão dos profissionais de saúde e dos que realizam o registro dos números da covid nas decretarias de Saúde de cada estado, os números de sábado e domingo ficam abaixo do restante da semana. 

No intervalo de sete dias, o registro diário mais do dobrou. No sábado anterior (14) foram registrados 1.127. Já neste sábado (20), foram 2.438.

A média móvel de mortes dos últimos sete dias está em 2.237, enquanto a média móvel de casos no mesmo período ficou em 73.075, pelo último boletim. Esses dados ajudam a mensurar a constância da gravidade do problema, que tem feito o Brasil se tornar alvo de um alerta mundial.

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Especialistas e autoridades de diferentes lugares passaram a associar o país a um risco global por conta do surgimento de novas variantes do coronavírus. O problema é associado ao alto índice de transmissão do vírus, potencializado pela falta de políticas rígidas de isolamento, pela lentidão na vacinação e pelo negacionismo científico.

A escalada da doença no país é marcada ainda pelo número de quase 1,2 milhão de pacientes infectados em monitoramento. Já são exatamente 1.197.616, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde. A estatística se refere a pessoas que foram testadas, tiveram a contaminação confirmada, mas não necessariamente estão internadas para tratar o problema.

Edição: Lucas Weber