Paraná

DENÚNCIA POPULAR

Audiência pública na Câmara de Curitiba expõe a realidade da crise hídrica

“A Sanepar está deixando de ser uma prestadora de serviço de água e saneamento, virando uma empresa que explora o povo"

Curitiba (PR) |
O objetivo é discutir a crise hídrica no Paraná, o papel privado que a Sanepar vem adquirindo - Arte de divulgação

Dia 29, quinta, a partir das 14h, a Câmara Municipal de Vereadores de Curitiba faz uma audiência pública sobre a crise hídrica em Curitiba e região.

A atividade proposta pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e realizada pela Comissão de Meio Ambiente, em parceria com a bancada do PT na Câmara, pode ser acompanhada em transmissão ao vivo pelas redes sociais da Câmara e também pela página do MAB Paraná, no Facebook.

O objetivo é discutir a crise hídrica no Paraná, o papel privado que a Sanepar vem adquirindo, e o papel social que a água tem para as comunidades periféricas, divididas entre as que sofrem com a falta de água – caso da Nova Guaporé 2, no Campo Comprido -, e as que sofrem com enchentes, na região sul da capital.

“A chamada "Crise Hídrica" apenas escancarou outra crise muito, que é muito maior. Em dez anos a Sanepar tem priorizado distribuir lucros e dividendos aos seus acionista, ao invés de fazer os investimentos e obras necessários para garantir água na torneira do povo. E como isso ocorre? Por meio de aumentos sistemáticos nas tarifas, muito acima da inflação, não realização de obras e investimentos e maior exploração sobre os trabalhadores”, denuncia Robson Formica, integrante da direção estadual do MAB.

Em outros momentos, ao longo da crise hídrica em 2020, movimentos populares denunciaram a falta de planejamento histórica do governo do Paraná e da prefeitura de Curitiba, em nome do lucro imediato, ocasionando desatenção ao povo. O Brasil de Fato Paraná também desenvolveu edição temática sobre o problema.

“A Sanepar está deixando de ser uma prestadora de serviço de água e saneamento, virando uma empresa que explora o povo por meio da água, até mesmo quando falta. É preciso lutarmos e resistirmos a isso. Temos que recuperar a Sanepar como empresa pública, garantidora de um direito humano fundamental, a água”, finaliza Formica

 

Edição: Lia Bianchini