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PARALELOS

Artigo | Caso Lázaro: Ritos e fantasias entre “lazarus” e “bolsonarus”

Um, caçado como bicho. Outro, sob aplausos, silêncios e pactos que acabrunham quem discorda

22.jun.2021 às 10h46
Salvador (BA)
Marilia Lomanto Veloso

Foi categorizado por “serial killer” pela mídia. Pode até ser autor dos crimes referidos, mas não existem bases criminológicas para essa nominação “hollywoodiana” que seduz pela historiografia - Polícia Civil

Serial killer não é um conceito jurídico ou psiquiátrico, mas hollywoodiano

Luís Francisco de Carvalho Filho – Colunista da Folha 

 

Lázaro Barbosa tem 32 anos, o “título” de “serial killer” e está “tocando o terror” no país. Há alguns dias está sendo caçado “feito um bicho”, através de uma operação com mais de 200 policiais, cães farejadores, drones e com o direito a ocupar horas e horas da mídia ávida por mostrar o movimento em torno das peripécias do perigoso e astuto “criminoso”.

O que traz surpresa e fica transparente é a desmoralização e o constrangimento que um sujeito sozinho, sem equipamentos e certamente exausto física e psicologicamente, provoca na força pública em busca de sua captura.

Para uma especialista, psiquiatra que tenta construir pistas a partir das notícias da imprensa, trata-se de um “psicopata imprevisível”, “cruel”, “predador social” que precisa ser contido.

Mas como todo discurso científico responsável e consequente, não sugere a morte como resposta do Estado. Mas dificilmente Lázaro Barbosa vai sobreviver a essa travessia.

As vítimas de sua “psicopatia social”, mas sobretudo a sociedade punitivista, não têm qualquer motivação política, ideológica ou sentimentos de compaixão, piedade, empatia, para compreender a subjetividade de Lázaro Barbosa, “escutando” possível dor, memória de sofrimento, ferida moral decorrente de pancadas que o corpo de Lázaro parece ter sofrido na infância.

Isso até poderia explicar, mas não justifica a violência que traduz suas ações. Depois, não é problema do sistema de justiça criminal essa “prosa criminológica crítica”.

Aqui é Direito penal funcionalista, instrumento de política criminal protetora de vidas mas também de interesses do estado burguês. E aqui, de fato, existem condutas reprováveis contra a dignidade sexual, a vida, o patrimônio.

A regra é “aos maus, a aflição da pena”. E Lázaro Barbosa é “do mal”. Sua história de crimes não é longa. Mas existe.

A reflexão aqui não é inocentar Lázaro Barbosa. Que o sistema de justiça cumpra sua função dentro da legalidade garantista, trazendo o suspeito “com vida” para responder pelos crimes cometidos.

O que se quer é estabelecer um parâmetro entre a responsabilidade penal de um “sujeito criminalizável, desviante, pobre, sem eira nem beira, medíocre e mediano” e a de um “chefe de Estado” que carrega na trajetória política a marca de “mais de 500 mil mortes por covid”.

Segundo a afirmação de especialistas e pesquisadores, “cerca de 396 mil mortes seriam evitáveis”. Foi esse o raciocínio de Pedro Hallal, ex-Reitor da Universidade de Pelotas (UFPel), exposto em “carta publicada na revista científica The Lancet em 22 de janeiro e intitulada SOS Brasil: ciência sob ataque”.

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Afinal, quem é Jair Bolsonaro? Quem é o homem que debocha escancaradamente da morte e do luto, imita sem piedade pessoas que lutam para respirar e que morrem por falta do oxigênio que faltou, como também ausentes às políticas de enfrentamento da pandemia, de vacina para todos e todas, de evidências cientificas saltitantes no mundo e pisoteadas pelo governo brasileiro e sua claque subalternizada?

Quem é o homem que atropelou fardas, patentes e estrelas e conseguiu que fechassem os olhos para suas funções constitucionais, vestissem o corpo de ideologias, levassem a política para os quartéis e militarizassem o espaço público civil, rompendo os comandos de ‘hierarquia e disciplina’ que tanto bradam?

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Quem é o homem que se afirma atleta, chama a pandemia de gripezinha, jornalistas de quadrúpedes, povo brasileiro de “maricas” e desmorona a imagem política do Brasil perante o mundo, destituindo nosso país do respeito que merece?

Seria também um possível “psicopata social” previsível porque avisou em campanha eleitoral que essa era sua forma perversa, desumana e genocida de estar no mundo?

Lázaro Barbosa tornou-se um animal caçado ferozmente pela prática de crimes que incluem assalto, estupro e homicídio, contra uma jovem de 19 anos, quatro pessoas da mesma família e uma chácara.

Foi categorizado por “serial killer” pela mídia. Pode até ser autor dos crimes referidos, mas não existem bases criminológicas para essa nominação “hollywoodiana” que seduz pela historiografia.

A criminóloga e escritora Ilana Casoy, especializada no tema, esclarece que não há elementos que bastem para classificar a conduta de Lázaro como a de serial killer. O caso, segundo a especialista, sofre um processo de “roteirização fantasiosa”.

Não é assim com o homem que juntou comparsas ao redor de sua “necropolitica” e conseguiu driblar a consciência e a atividade mínima de “pensar como gente” e pulsar como “pessoas humanas” e conseguiu chegar ao índice de meio milhão de mortes.

“Serial Killer”? Teria o “empurrão de Hollywood” esse episódio macabro que espanta o mundo e torna escombros as conquistas civilizatórias”? Seriam as mortes por covid-19 resultantes de “necessidades objetivas, em ações atrás de dinheiro, bens e comida” de Lázaro, como enxerga a criminóloga?

Ou as mortes construídas pela ação e omissão do governo Jair Bolsonaro ocorrerem “em busca de satisfazer alguma necessidade psicológica, subjetiva e a vítima é despersonalizada”, a exemplo de um projeto político de poder, de dominação, de comando do país por forças de extrema direita e interesses estrangeiros?

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Seriam diversas as responsabilidades de Lázaro Batista e do governo Jair Bolsonaro por essas tragédias? Um, caçado como bicho. Outro, sob aplausos, silêncios e pactos que acabrunham quem discorda.

O Art. 29 do Código Penal brasileiro é claro. “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. Quem é “quem”?

 

*Marilia Lomanto Veloso é advogada da Bahia, Mestra e Doutora em Direito Penal, Professora aposentada da UEFS, Promotora de Justiça da Bahia, aposentada, Presidente do Juspopuli Escritório de Direitos Humanos, membro do CDH da OAB/BA, da AATR, da RENAP e da Executiva Nacional da ABJD. Marília também escreve para a Coluna Política e Direito, do Brasil de Fato. Leia outros textos.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

Editado por: Vivian Virissimo
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