alimentação saudável

Programa Bem Viver dá dicas de como consumir PANC com sabor e segurança

Pesquisadoras da USP lançaram um livro digital com dicas e receitas para consumir esses alimentos saudáveis e saborosos

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Hortaliça faz parte das “pancs”: plantas alimentícias não convencionais
Hortaliça faz parte das “pancs”: plantas alimentícias não convencionais - Erasmo Pereira / EPAMIG
Consideradas “matos”, as PANC são alimentos ricos nutrientes como fibras e vitaminas

Já ouviu falar de caruru, capuchinha, azedinha? Todas elas são PANC ou Plantas Alimentícias não Convencionais, plantas que crescem espontaneamente em vasos, praças e calçadas e que apesar de muitas vezes serem consideradas “matos” são alimentos ricos nutrientes, como fibras, sais minerais e vitaminas. Pra conhecer mais e saber como consumir as PANC, pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) lançaram um livro digital com dicas e receitas imperdíveis.

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“As verduras convencionais e as PANC fazem parte de alimentos in natura e minimamente processados, que devem ser as bases da nossa alimentação. As hortaliças são mais conhecidas e por isso são encontrados facilmente nas feiras e mercados. Já as PANCs ficam mais restritas”, disse uma das pesquisadoras e autoras do livro, Gabriela Rigote, que assina a publicação com Ana Maria Bertolini.

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Apesar dessas plantas não serem tão facilmente encontradas nas feiras, hortifrutis e supermercados é possível cultivar muitas delas no quintal. Ainda assim, o consumo é pequeno se comparado ao de hortaliças mais convencionais, como couve, rúcula e alface, por desconhecimento e dificuldade de identificá-las.

Por isso o e-book traz 11 receitas simples e informações sobre as plantas e sobre como identificá-las. Participaram também chefs de cozinha e pesquisadores de outras áreas. O objetivo é agregar variedade ao cardápio das famílias.

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“No e-book a gente traz imagens das PANC porque a visualização, com uma imagem de referência, ajuda a identificar se é uma PANC e se é comestível. Trazemos também uma discrição de como ela é. Prestar atenção nas características visuais ajuda bastante a identificá-las”, disse Gabriela.

Quem é o novo ministro do meio ambiente?

O administrador de empresas Joaquim Álvaro Pereira Leite foi nomeado pelo Presidente Jair Bolsonaro para ocupar o lugar de Ricardo Salles no comando do Ministério do Meio Ambiente. O ex-ministro deixou a pasta na última quarta-feira (23) em meio a um escândalo de corrupção no qual é acusado de favorecer o desvio de madeira ilegal em áreas de proteção ambiental.

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O novo ministro foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB) por 23 anos, entidade que defende os interesses de empresas do agronegócio brasileiro e que abertamente apoia a bancada ruralista no Congresso Nacional. Desde abril do ano passado, ocupava o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, no Ministério do Meio Ambiente. Antes disso  foi diretor do Departamento Florestal do órgão.

Segundo documento da Fundação Nacional do Índio (Funai) a família do novo ministro tem um histórico de disputa de posse em terras indígenas no estado de São Paulo. Há denúncias que capatazes a serviço da família de Leite chegaram a destruir a casa de uma família indígena na tentativa de expulsá-la da Terra Jaraguá.

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Solidariedade

O Projeto Dividir, iniciativa articulada no ano passado no Distrito Federal, têm unido produtores rurais que precisam de renda e pessoas em situação de rua para garantir comida no prato de quem precisa e dinheiro no bolso de quem trabalha. A iniciativa monta e distribui marmitas e cestas básicas recheadas de com produtos saudáveis, frescos e produzidos a partir dos princípios da agroecologia.

“Iniciamos em março de 2020, junto com a pandemia. Já trabalhávamos no restaurante que já atendia a população em situação de rua. Foi uma preocupação muito grande que com o primeiro lockdown em Brasília as pessoas não tivessem acesso a dinheiro, alimento e não tivessem como se alimentar”, disse a presidenta do projeto e cozinheira, Sofia Gomes.

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A insegurança alimentar no Brasil se agravou durante a pandemia, segundo estudos, como uma das consequências da crise econômica, que trouxe também incertezas para agricultores sobre escoamento da produção e manutenção da renda da família. “No começo da epidemia a gente estava com uma dificuldade muito grande. Aqui, a galera não conseguia escoar a produção", contou a agricultora Lindaura Medrado, moradora do assentamento Roseli Nunes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Distrito Federal.

E foi aí que o Projeto Dividir entrou em cena. Por dia são distribuídas em média 80 marmitas a pessoas em situação de rua. Tanto as famosas quentinhas como as cestas são recheadas com produtos fresquinhos, como legumes, folhas, fruta e turberculos, além do tradicional arroz e feijão.

A iniciativa mantém uma vaquinha on-line para arrecadar fundos para a construção de uma cozinha comunitária para o preparo das marmitas. Para saber mais, acesse o site: www.projetodividir.com.br ou o Instagram @projetodividir.

Edição: Sarah Fernandes