Que paixão é essa, que basta uma mera vitória pra gente voltar a acreditar? Que paixão é essa, que depois de duas temporadas vergonhosas em três anos, nos permite cogitar que a agonia vai passar logo? Que paixão é essa, que ao menor sinal de futebol, nos faz ser otimistas? “Aquele gol do Murici do meio de campo, aquele gol o Sciola não faria.” “O corte pra dentro do Gustavo França, pode ser uma arma poderosa.”
Que paixão é essa, que de repente, nos faz olhar para Criciúma, Mirassol e Novorizontino como Criciúma, Mirassol e Novorizontino, não como três pedreiras? Que paixão é essa, que entre um presente de alegrias cada vez mais escassas, faz a gente considerar que possa haver conquista em um futuro próximo?
Seja lá qual for o nome ou a origem dessa paixão, ela é tudo o que a gente tem nesse momento. O desafio é fazê-la chegar no campo em tempos de jogos sem torcida.