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Para o Brasil só há uma saída: derrotar Bolsonaro!

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Se já não bastasse o desemprego e a falta de renda, há tempos a população brasileira não sentia tanto, como sente hoje, o peso da carestia - Toni Pires
Podemos dizer que o Brasil vive um dos seus maiores dramas, um verdadeiro caos

Enquanto o Brasil bate o recorde no número de desempregados, a população perde renda e se vê excluída de programas sociais; diminui drasticamente o acesso dos jovens aos bancos universitários.

Enquanto Bolsonaro provoca sofrimento na maioria pobre da nossa gente, assistimos os ricos ficarem mais ricos, o sistema financeiro ampliar as suas benesses e os bancos aumentarem seus lucros. Nos últimos dias, por exemplo, a imprensa noticiou que o lucro do Banco Bradesco aumentou 63% no segundo trimestre deste ano,  atingindo R$ 6,3 bilhões. 

Lamentavelmente podemos dizer que o Brasil vive um dos seus maiores dramas, um verdadeiro caos.
Se já não bastasse o desemprego e a falta de renda, há tempos a população brasileira não sentia tanto, como sente hoje, o peso da carestia. Os produtos de primeira necessidade estão se tornando inacessíveis para a maioria da nossa gente.

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O exemplo maior dessa carestia vem dos preços dos combustíveis, que, baseados numa política criminosa de Bolsonaro, tem sofrido reajustes frequentes. Enquanto o gás de cozinha é vendido a mais de R$100 a botija, o litro da gasolina passou a custar hoje quase R$ 6,00 por litro, e é necessário lembrar que esses reajustes geram aumento de quase tudo, porque o custo do combustível tem influência direta na inflação, em especial nos alimentos.

Esses aumentos não ocorrem por acaso, nem por conta de aumentos nos custos de produção, esses aumentos ocorrem única e exclusivamente por conta de uma decisão política do governo, que, desde o golpe de 2016, passou a adotar uma política  que vincula o preço interno ao mercado internacional, um mecanismo chamado PPI (Paridade de Preços Internacionais), ou seja, pratica-se aqui, no nosso mercado interno, o valor cobrado lá fora. Transforma-se o valor em dólar para o valor em real. 

Essa política faz com que o povo pague mais caro do que deveria pagar, promovendo assim um verdadeiro crime contra a economia popular, contra principalmente a classe média e as parcelas mais pobres da população. Provoca uma verdadeira transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. 

:: Airton Cascavel negociou com Bolsonaro apoio a candidato nas eleições de 2020 em Boa Vista ::

Essa política foi estabelecida única e exclusivamente para favorecer as empresas privadas que atuam no setor, principalmente os importadores de derivados e os acionistas privados da Petrobras.

No governo de Lula e Dilma não era assim, pois não há necessidade de ser assim, muito pelo contrário, visto que o Brasil é quase autossuficiente na produção e refino do petróleo. Produz-se aqui grande parte do que se consome.

A infraestrutura da Petrobras (que o governo também tenta destruir e privatizar) garante o suprimento der cerca de 80% das nossas necessidades, portanto não há porque se equiparar os preços daqui aos praticados no mercado internacional.

O governo Bolsonaro faz com que a Petrobras pratique hoje preços de uma empresa privada, que tem como prioridade os lucros de seus acionistas, quando deveria, e poderia, adotar uma política de preços mais justa, voltada aos interesses do povo e do nosso próprio desenvolvimento.

Lamentavelmente, a situação que já é muito difícil deve piorar ainda mais, pois a tendência é de aumento dos preços no mercado internacional. 

Sabendo o quanto essa questão tem afetado a população brasileira, Bolsonaro, ao invés de mudar a sua política criminosa, prefere espalhar mentiras e fake news através das redes sociais de seus apoiadores, colocando a culpa dos preços elevados nos tributos estaduais.

Ora o valor do ICMS que se cobra hoje é o mesmo valor que se cobrava quando quando o botijão de gás de cozinha custava R$ 40,00 e o litro da gasolina R$ 3,00.

Com Bolsonaro não tem jeito!

Para o Brasil só há uma saída: derrotar Bolsonaro!

*Vanessa Grazziotin é ex-senadora da República e membro do Comitê Central do PCdoB. Leia outros textos.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Leandro Melito