Olimpíadas

Mulheres no pódio: vôlei e boxe conquistam mais duas pratas para o Brasil

Vôlei não conseguiu repetir atuação e perdeu para os Estados Unidos. Pugilista baiana espera ser inspiração para meninas

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Bia Ferreira e Fernanda Garay, destaques do último dia de competição das Olimpíadas de Tóquio, com mais duas pratas para o Brasil - COB/ Divulgação

O Brasil encerrou o último dia de competições das Olimpíadas de Tóquio com mais duas medalhas de prata, desta vez no vôlei e no boxe femininos. Na madrugada deste domingo (8), o time brasileiro foi superado por 3 sets a 0 pelo dos Estados Unidos, que ficaram com a medalha de ouro do torneio. Além do vôlei, a pugilista baiana Beatriz Ferreira foi derrotada pela irlandesa Kellie Anne Harrington, na categoria até 60 kg, e encerrou um ciclo olímpico praticamente perfeito.

Nestas Olimpíadas, o Brasil conquistou 21 medalhas no total, chegando ao seu maior número de conquistas numa única edição dos Jogos. Também termina as competições com a melhor posição da história no quadro geral, em 12º lugar. Foram sete ouros (igual à do Rio-2016), seis pratas e oito bronzes.

O time feminino de vôlei do Brasil encerrou a competição com sete vitórias e apenas uma derrota. O bronze foi para a Sérvia, que venceu a Coréia do Sul em sets diretos. O treinador José Roberto Guimarães lamentou a derrota do Brasil para os Estados Unidos na final – parciais de 25/21, 25/20 e 25/14 –, mas destacou a dedicação do grupo brasileiro. “Gostaria de estar no lugar mais alto do pódio, mas hoje não jogamos bem e tivemos muitas dificuldades”.

Destaque da campanha, a ponteira Fernanda Garay fez seu último jogo pela seleção brasileira e, na despedida, agradeceu a entrega da equipe. “Nossa preparação foi a melhor possível e demos tudo que tínhamos, mas elas foram melhores taticamente. Estou muito orgulhosa do nosso grupo por todas as adversidades que superamos e onde chegamos. Foi muito bom estar com esse grupo e aproveitei muito todos os momentos que vivemos juntas.”

No ringue

Campeã sul-americana, campeã pan-americana, campeã mundial e agora vice-campeã olímpica, Beatriz Ferreira, a Bia, assegurou ao boxe nacional a melhor campanha olímpica de todos os tempos, com um ouro, uma prata e um bronze. Antes dela, Abner Teixeira havia conquistado o terceiro lugar na categoria até 91kg e Hebert Conceição havia se sagrado campeão entre os boxeadores até 75kg.

A baiana fez e venceu três lutas antes da disputa do ouro. Apesar de toda a tensão que cerca uma final olímpica, Bia conseguiu encaixar seus golpes desde o início da luta e mostrar sua superioridade aos árbitros diante da irlandesa, campeã mundial em 2018 e vice em 2016.

“Espero que com essa visibilidade toda, as meninas se animem a lutar e que não tenha só uma Bia, nem só uma Adriana [Araújo, bronze em Londres-2012], mas várias meninas. Eu vou ficar feliz, e vai ser uma parte do meu trabalho sendo realizada”, disse a pugilista, após o combate final de sua categoria nas Olimpíadas.