INFLAÇÃO

Cesta básica fica 3,49% mais cara em Belo Horizonte no mês de setembro

Mínimo para manter uma família de dois adultos e duas crianças seria de R$ 5.657,66, segundo Dieese

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Capital mineira registrou a quarta maior inflação entre 17 cidades - Antonio Cruz/Agência Brasil

Em setembro, a cesta básica de alimentos ficou 3,49% mais cara em Belo Horizonte, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com esse percentual, a capital mineira registrou a quarta maior inflação entre 17 cidades, atrás apenas de Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%) e São Paulo (3,53%). 

Governo federal prevê ajusto do salário mínimo abaixo da inflação

Pelo levantamento, a cesta de alimentos em BH está custando R$ 582,61, ou seja, 57,26% do salário mínimo. Desta forma, o tempo médio de trabalho necessário para produzir a cesta básica seria de 116 horas 31 minutos, o equivalente a cinco dias de trabalho. 

Entre os produtos que ficaram mais caros, destaque para o açúcar, com inflação de 11,96% em Belo Horizonte, e o leite integral, registrando alta de 5,24%.

Segundo o Dieese, o açúcar encareceu em razão da queda na oferta do produto, causada pelo clima seco. Já a alta do leite teria como causas a menor qualidade das pastagens, o aumento nos custos de produção e a competição das indústrias pela matéria-prima. 

Salário mínimo necessário 

Tomando como referência os valores calculados na cidade de São Paulo em setembro, o Dieese estima que, para o sustento de uma família brasileira com dois adultos e duas crianças, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.657,66, isto é, mais que cinco vezes o valor atual, fixado em R$1.100. 

Em agosto, o governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta de reposição do salário mínimo de 6,2%, o que é menor que a inflação estimada pelo Banco Central para este ano, de  8,51%. Nos últimos dois anos, o salário mínimo no Brasil não teve ganho real, contrariando uma tendência das duas décadas anteriores. 


 

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Elis Almeida