Judiciário

A pedido da PF, Moraes dá mais 60 dias para apuração sobre vazamento de inquérito por Bolsonaro

Em agosto, presidente divulgou na internet informações sigilosas de apuração em andamento

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |

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Decisão tomada por Moraes a respeito da extensão do prazo do inquérito é sigilosa, mas foi confirmada pelo STF nesta segunda (18) - STF/Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou por mais 60 dias as apurações que vêm sendo feitas pela Polícia Federal (PF) sobre o vazamento de informações sigilosas por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em agosto deste ano.

A decisão do magistrado atende a um pedido da própria PF, que investiga a divulgação feita pelo chefe do Executivo de inquérito do órgão que se debruça sobre um suposto ataque ao sistema da Corte em 2018.

Segundo manifestação anterior feita pelo Supremo, o episódio não chegou a representar prejuízos para as eleições daquele ano.

O presidente, no entanto, divulgou a ocorrência em tom de descredibilização das urnas eletrônicas, que se tornaram alvo político de Bolsonaro e aliados, em uma cruzada do grupo contra o sistema eletrônico eleitoral adotado no país.  

Na ocasião do vazamento, esteve ao lado do chefe do Executivo o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também ajudou a divulgar as informações nas redes sociais, por isso entrou na mira do inquérito.

A decisão tomada por Moraes a respeito da extensão do prazo do inquérito é sigilosa, mas foi confirmada pelo STF nesta segunda (18).

A prorrogação contou com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), cúpula administrativa do Ministério Público Federal (MPF). A apuração do vazamento havia sido solicitada, na época, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Edição: Leandro Melito