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Educação

Escolas estaduais do Paraná só permitem que alunos usem uniformes de empresa investigada

Escolas cívico militares recomendam que roupas não sejam lavadas na semana por serem peças únicas

05.nov.2021 às 10h53
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas

Governador Ratinho Junior em cerimônia de entrega de uniformes em colégio cívico militar - Foto: Jonathan Campos/AEN

“Evitem lavar a calça e a blusa durante a semana; somente a camiseta, que foram doadas duas por aluno.” Esse é um dos itens de circular envida aos pais pela direção do Colégio Estadual Yvone Pimentel, umas das instituições de ensino que migraram para o modelo cívico militar no Paraná.

Entre as mudanças, além de uma gestão compartilhada entre direção pedagógica e militar, os alunos, agora, só podem entrar com o novo uniforme, chamado de “farda”, doado, neste ano, pelo governo do estado.

As famílias não podem fazer roupas extras, pois a Secretaria Estadual de Educação (Seed) só permite o uso de peças confeccionadas pela empresa Triunfo, contratada pelo governo Ratinho Júnior (PSD) e que está sendo investigada pelo Ministério Público, suspeita de ser empresa de fachada, entre outras denúncias. 


Circular enviada aos pais com recomendações sobre uso de uniformes / Reprodução

O Brasil de Fato Paraná ouviu de famílias com filhos nesses colégios sobre as dificuldades que estão enfrentando. “Antes fazíamos mais peças nas confecções do bairro, as costureiras, com isso, também perderam trabalho. Agora, as crianças só podem entrar com o uniforme com a etiqueta da Triunfo”, comenta Juliana dos Santos, mãe de uma menina que cursa o sétimo ano do Colégio Estadual Yvone Pimentel.

Juliana relata que a filha tem dificuldades para comparecer à escola com o novo uniforme. “As camisetas são totalmente transparentes, as meninas precisam usar duas camisetas, uma em cima da outra. Além disso, a escola acabou por recomendar que não se lave a blusa e a calça porque só receberam uma peça de cada e não pode ir para o colégio sem esse uniforme. Minha filha, por exemplo, tem o fluxo menstrual forte e para garantir o mínimo de higiene precisa trocar de calça durante a semana. Mas, e agora, como faz? Vai acabar faltando na aula”, diz. 


Etiqueta da empresa fabricante das “fardas” é obrigatória para entrar nas escolas / Arquivo

Outra insatisfeita é Marilene da Costa Oliveira, mãe de um adolescente que também está em um dos colégios estaduais cívico-militares. “Eu votei contra mudar para o cívico militar. Foi tudo imposto, como é também a questão do uniforme. Não colocaram os pais em uma sala para debater isso. Além dos problemas de não podermos ter mais peças, quero saber quanto o governo gastou com isso e quanto vai ficar pra gente depois, pois já avisaram que o uniforme doado é para usar por dois anos, mesmo que fique pequeno", questiona.

“A coisa mais triste que a gente pode estar vendo como pais é a má gestão do dinheiro público. Muitos desses uniformes eram feitos por costureiras da economia solidária. E, agora, quero saber por que essa empresa? O dinheiro público sendo dado para essas empresas” comenta Marilene.

Empresa investigada

O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) apresentou denúncia ao Ministério Público sobre as irregularidades na aquisição de uniformes para escolas cívico-militares no Paraná. Ele questiona o edital ganho pela Triunfo e aponta que ela é usada como empresa de fachada.

Segundo a denúncia, a Secretaria Estadual de Educação, ao escolher as especificações dos uniformes a serem adquiridos, não se baseou em nenhum modelo conhecido, “mas estranhamente procurou a empresa Nilcatex, que tem os mesmos sócios da Triunfo S.A (que venceu todos os lotes da licitação) para fazer a cotação dos uniformes.”

Além disso, há denúncias de que a empresa tenha sido beneficiada na licitação. “Os sócios da empresa Triunfo são os mesmos da empresa Nilcatex, que está envolvida em vários escândalos de corrupção. Cabendo ressaltar que no endereço da filial da Triunfo S/A em Fazenda Rio Grande, estranhamente, não tem atividade por semanas a fio e dentro do barracão não há nada”, aponta o deputado. O local deveria fabricar 129 mil kits para escolas militarizadas.

A reportagem do Brasil de Fato Paraná encaminhou as denúncias para que a Secretaria de Educação se posicionasse. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

Editado por: Lia Bianchini
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