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Início Política

Refugiados no Brasil

Quintino, de Guiné Bissau, morre após tentativa de homicídio no Centro de Curitiba

Familiares pedem por justiça e relatam negligência na investigação policial e omissão no atendimento médico

07.mar.2022 às 11h16
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas

Quintino estava há um ano em Curitiba, capital do Paraná, e foi morto após tentativa de homicídio no centro da cidade - Arquivo pessoal

Quintino Correia, 25 anos, natural da Guiné-Bissau, morreu no último dia 24, durante uma cirurgia de risco em decorrência da tentativa de homicídio que sofreu no centro de Curitiba, em dezembro de 2021. Até hoje, sua morte não foi investigada e seus familiares pedem por justiça.

Ele morava no Brasil há um ano, junto a seus primos, trabalhava para ter uma vida melhor e sonhava em voltar ao seu país. Quintino, assim como o congolês Moïse Kabamgabe, que foi espancado até a morte em um quiosque no Rio de Janeiro, ao invés de serem acolhidos no Brasil, foram assassinados.

No dia 23 de dezembro, Quintino estava indo trabalhar de bicicleta, próximo às seis da manhã, no centro de Curitiba, quando ouviu alguém lhe chamando – “Ei.” Quando virou, levou dois tiros no braço e tórax. Chegou a ser socorrido na rua e levado ao Hospital Cajuru. Só lá, ele conseguiu avisar aos primos que moram com ele. Foi submetido a uma cirurgia, tendo alta no dia 30 de dezembro.

Segundo o estudante de engenharia da computação e primo de Quintino, Junior Co, com a melhora do estado de saúde, eles foram até a Delegacia de Homicídios, para fazer boletim de ocorrência e pedir investigação. “Chegou a ser noticia em várias mídias. Mas deram como assalto. Só que, até agora, a polícia não nos deu nenhuma resposta”, conta.

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Piora do estado de saúde e falha no atendimento médico

Um mês depois, Quintino começou a passar mal e precisou retornar ao hospital.  ”Os médicos avisaram que o fígado estava debilitado. Com isso, ele começou a dizer para gente que sabia que iria morrer. Ele começou a se despedir, dizia que nunca fez mal a ninguém. Vivíamos entre nós, todos juntos. Ele não conhecia quase ninguém fora do nosso núcleo. Era trabalho, casa e igreja, a rotina dele”, relata Junior.

O enfermeiro e também primo de Quintino, Marceano Té, disse que houve omissão também por parte do atendimento médico. “Era para ele ser transplantado. Mas disseram que a documentação dele de imigrante não era compatível ao socorro que ele necessitava. Eu sou da saúde e sei que é primeiro a vida e depois as burocracias”, diz. O advogado representante de Quintino chegou a conseguir uma liberação para o transplante dois dias depois, mas já era tarde e ele acabou morrendo.

Para os familiares, o que aconteceu foi uma brutalidade e eles pedem por justiça. “Tudo o que aconteceu com ele foi errado. No centro tem muitas câmeras. Mas eu acho que se fosse um branco, os policiais teriam acudido e já teriam resposta. O mesmo na saúde. Para eles, Quintino foi só mais um preto a morrer”, diz Junior. “Na semana passada nos despedimos dele, seu corpo está indo para Guine Bissau para ser enterrado. O sonho dele de uma vida melhor foi atropelado por alguém que nem sabemos quem é. Por aqui, além da revolta, estamos cansados e todos tristes”, complementa.

De acordo com as diretrizes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), “Os refugiados devem usufruir, pelo menos, dos mesmos direitos e da mesma assistência básica que qualquer outro estrangeiro, incluindo liberdade de expressão e de movimento, e proteção contra tortura e tratamento degradante. De igual modo, os direitos econômicos e sociais que se aplicam aos refugiados são os mesmos que se aplicam a outros indivíduos. Pessoas refugiadas devem ter acesso à assistência médica.”

Moïse e Quintino

A história de Quintino ficou conhecida no Ato Antirracista realizado no dia 05 de fevereiro, em frente à Igreja do Rosário, em repúdio à morte de Moïse.

Os primos e Quintino estiveram presentes na manifestação e contaram sua história ocorrida. Com isso, o mandato do vereador Renato Freitas (PT), presente no ato, começou a auxiliar a família na busca por justiça.


Quintino e os primos participaram do Ato Antirracista em repúdio a morte de Moise, no RJ / Arquivo pessoal

Para Freitas, as mortes de Moïse e Quintino são parte de uma mesma política. “É uma política do Brasil de eliminação, de genocídio e violência constante pelo racismo estrutural. Recebemos os irmãos do Haiti, Congo, Guiné, mas não existe política de acolhimento”, afirma.

De 2011 a 2020, segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o Brasil recebeu mais de 50 mil refugiados.

O Brasil de Fato Paraná entrou em contato com a Polícia Civil pedindo esclarecimentos sobre a investigação do caso. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.

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Editado por: Lia Bianchini
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