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Marília Arraes fala em "boa conversa" com Lula sobre PE; Haddad defende Boulos para prefeitura

Enquanto partidos e lideranças fazem articulações, Lira cria grupo de trabalho para projeto de semipresidencialismo

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Ouça o áudio:

“Tive uma boa conversa política hoje em São Paulo com o presidente Lula", escreveu Marília - Cláudio Kbene

Em postagem no Twitter no final da tarde desta segunda-feira (21), a deputada federal Marília Arraes (PE) conta que se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula  da Silva e reafirmou seu apoio a ele. “Tive uma boa conversa política hoje em São Paulo com o presidente Lula. Conversamos sobre o quadro político nacional, analisamos a situação eleitoral em Pernambuco e as alternativas que se colocam no Estado, reafirmando o compromisso com a candidatura do presidente Lula”, escreveu. A parlamentar deixará a sigla e disputará a eleição ao governo do estado ou ao Senado pelo Solidariedade ou MDB, com os quais vem negociando. No fim de semana, Marília divulgou comunicado desmentindo informações de que o PT indicaria seu nome ao Senado.

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Já em São Paulo, a movimentação de Guilherme Boulos, que desistiu da candidatura ao governo estadual para apoiar frente liderada por Fernando Haddad (PT), já tem desdobramentos. Elogiado pelo presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros pelo “gesto de grandeza”, Boulos teve seu nome citado por Haddad, em entrevista à Folha de S.Paulo. O petista afirmou que convidará Psol e Rede para participar de sua chapa e antecipou apoio a uma candidatura de Boulos a prefeito de São Paulo em 2024. “O PT já manifestou a intenção de apoiar Boulos a prefeito em 2024. Isso segue em nosso radar”, disse.

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Filiação de Alckmin

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Na quarta-feira (23), o PSB realiza às 10h30min o ato de filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. O evento será “ao ar livre”, na sede da Fundação João Mangabeira, em Brasília. O ex-tucano anunciou que iria para o partido na sexta-feira (18).

Estarão no evento o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o provável candidato do partido ao governo de São Paulo, Márcio França, além dos governadores Flávio Dino (MA), Paulo Câmara (PE), Renato Casagrande (ES) e João Azevedo (PB). Alckmin deverá ser anunciado em breve como o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula.

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Na Bahia

Pesquisa telefônica realizada pelo Instituto Opnus na Bahia, divulgada nesta segunda-feira, mostra ACM Neto (União Brasil) com 65% das intenções de voto, seguido pelo ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com 8%, e Jerônimo Rodrigues (PT), com 6%.

Mas, considerando no estudo os apoios esperados, o cenário muda. Jerônimo salta para 33% com o apoio de Lula e o governador Rui Costa, ameaçando o favoritismo de ACM Neto, que cai para 41% com o apoio de Ciro Gomes (PDT). João Roma sobe para 14%, mas cai para terceiro lugar associado ao apoio de Jair Bolsonaro (PL).

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Enquanto isso, Arthur Lira trama

Enquanto partidos e lideranças promovem articulações políticas com vistas às eleições, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), costura o que setores progressistas já classificam como golpe. Silenciosamente, ele montou um grupo de trabalho para analisar a adoção no Brasil do sistema semipresidencialista de governo.

O deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) foi designado coordenador do grupo por Lira. Moreira disse ao Congresso em Foco que a ideia seria um modelo semelhante ao de países como França e Portugal, nos quais o presidente indica um primeiro-ministro para chefiar o governo.

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), porém, não demonstra entusiasmo pela ideia. “Eu acho que em algum momento isso pode ser discutido, mas não agora com a quantidade de partidos que nós temos”, disse Pacheco.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) protestou. “O povo brasileiro elege PRESIDENTE! Decidiu isso em plebiscito. Não elege semipresidente, meio presidente. Tem gente que ñ conseguiu emplacar terceira via e tenta se fortalecer, construindo uma ameaça de golpe”, postou no Twitter.

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Participará do conselho consultivo do grupo ninguém menos do que o ex-presidente Michel Temer. Além dele, estarão nesse colegiado Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que coordenará o conselho, e a também ex-ministra do STF Ellen Gracie.

A composição do grupo de trabalho montado por Arthur Lira:

Samuel Moreira (PSDB-SP), coordenador;
Marcel van Hattem (Novo-RS);
Margarete Coelho (PP-PI);
Enrico Misasi (PV-SP);
Silvio Costa Filho (Republicanos-PE);
Luiza Canziani (PTB-PR);
Alice Portugal (PCdoB-BA);
Luiz Philipe de Orleans e Bragança (União-SP);
Felipe Rigoni (União-ES);
Gastão Vieira (Pros-MA).