Cenários possíveis

Haddad chegaria a 49% dos votos válidos em SP com apoio de Lula e Alckmin, diz pesquisa Ipespe

Ex-prefeito ainda não tem garantia de que terá Alckmin no palanque, já que Márcio França segue disposto a concorrer

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Ex-ministro da Educação, Haddad lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes - Divulgação/PT

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) pode ganhar as eleições para governador de São Paulo no 1º turno caso tenha o apoio do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que devem compor chapa para disputa da eleição presidencial.

A informação é de pesquisa Ipespe, contratada pela XP Investimentos e divulgada na manhã desta segunda-feira (11). Com apoio de Lula e Alckmin, Haddad alcança 49,4% dos votos válidos (excluindo nulos, brancos e indecisos). Considerando a margem de erro de 3,2 pontos percentuais, o ex-ministro da Educação pode vencer sem a necessidade de 2º turno.

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O apoio de Alckmin a Haddad, no entanto, ainda não está garantido. Um dos articuladores da chapa presidencial e colega de partido de Alckmin no PSB, Márcio França (PSB) tem insistido na candidatura ao governo do estado. Caso ele confirme que será um dos postulantes, deve ter o apoio do ex-tucano.

Candidatos da direita, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) também crescem quando relacionados aos seus "padrinhos políticos". O ex-ministro da Infraestrutura, com apoio de Bolsonaro, tem 29%, o que representa 36,7% dos votos válidos. Garcia, que atualmente ocupa a cadeira do Palácio dos Bandeirantes após a renúncia de João Doria (PSDB), chega a 11% com o apoio do ex-governador.

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Nos cenários em que são apresentados apenas os nomes dos candidatos e seus partidos, Haddad permanece na liderança isolada. No principal cenário, com o maior número de candidatos considerados, o petista tem 29%. Na sequência, aparecem França, com 19%, Tarcísio, com 13%, Rodrigo Garcia, com 5%, e Felício Ramuth (PSD), com 2%. Os outros postulantes tem 1% das intenções de voto ou menos.

Com apoios

Fernando Haddad, com o apoio de Lula e Alckmin: 39%;

Tarcísio de Freitas, com o apoio de Bolsonaro: 29%;

Rodrigo Garcia, com o apoio de Doria: 11%;

Nenhum/branco/nulo: 18%;

Não sabe/não respondeu: 3%.

Primeiro turno

Cenário 1 (com todos os pré-candidatos)

Fernando Haddad (PT) – 29%;

Márcio França (PSB) – 19%;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 13%;

Rodrigo Garcia (PSDB) – 5%;

Felicio Ramuth (PSD) – 2%;

Vinícius Poit (Novo) – 1%;

Abraham Weintraub (PMB) – 1%;

Altino Junior (PSTU) – 1%;

Elvis Cezar (PDT) – 1%;

Branco/Nulo/Nenhum – 20%;

Não sabe – 9%;

Cenário 2 (com os principais pré-candidatos)

Fernando Haddad (PT) – 30%;

Márcio França (PSB) – 20%;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 14%;

Rodrigo Garcia (PSDB) – 6%;

Branco/Nulo/Nenhum – 24%;

Não sabe – 8%.

Cenário 3 (com os principais pré-candidatos, sem França)

Fernando Haddad (PT) – 35%;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 18%;

Rodrigo Garcia (PSDB) – 9%;

Branco/Nulo/Nenhum – 30%;

Não sabe – 8%.

Segundo turno

Cenário 1

Fernando Haddad (PT) – 40%;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 27%;

Branco/Nulo/Nenhum – 27%;

Não sabe – 6%

Cenário 2

Fernando Haddad (PT) – 39%;

Rodrigo Garcia (PSDB) – 23%;

Branco/Nulo/Nenhum – 31%;

Não sabe – 7%.

Cenário 3

Márcio França (PSB) – 39%;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 25%;

Branco/Nulo/Nenhum – 29%;

Não sabe – 7%.

Cenário 4

Márcio França (PSB) – 42%;

Rodrigo Garcia (PSDB) – 20%;

Branco/Nulo/Nenhum – 31%;

Não sabe – 7%.

Metodologia

A pesquisa fez mil entrevistas por telefone no estado de São Paulo entre os dias 6 e 9 de abril. Foram ouvidos eleitores de 16 anos ou mais. O levantamento foi contratado pela XP Investimentos e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob os números BR-00800/2022 e SP-06962/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95,5%.

Edição: Rodrigo Durão Coelho