Reintegração

Trabalhadores da Neoenergia farão ato contra demissões em frente à Câmara Legislativa do DF

A manifestação ocorre nesta terça-feira (12) e pede a reintegração dos demitidos

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Categoria realizou diversos atos em frente à CLDF na tentativa de impedir a privatização da CEB. - Foto: Arquivo STIU-DF

Os trabalhadores da Neoenergia Brasília, antiga CEB Distribuição, foram surpreendidos na manhã da segunda-feira (11) com a demissão de 45 profissionais da empresa. Diante do ocorrido, o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU), entidade que representa a categoria, vai realizar nesta terça-feira (12), às 14 horas, um ato em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal.

De acordo com o sindicato, o objetivo é reivindicar a reintegração dos trabalhadores e cobrar do governo do Distrito Federal a discussão de um projeto de lei que assegure o aproveitamento dos empregados da CEB Distribuição, que ingressaram por meio de concurso público, para outros órgãos da Administração Direta.

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Em nota, a entidade ressalta que “diante desse arbítrio, o GDF não pode lavar as mãos. Trata-se de empregados públicos, concursados e vitimados pelo desemprego. O governo precisa encaminhar o projeto de lei de aproveitamento à CLDF”.  

O processo nº 77320546, que trata do Projeto de Lei de aproveitamento dos servidores está paralisado na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão Administrativa (Seplag), segundo informação do Sindicato.

Descaso

Para o STIU, a decisão reflete o descaso da empresa com a categoria, uma vez que, entre os trabalhadores dispensados, há “pessoas em tratamento médico, com deficiência ou próximas da aposentadoria”.

“Esse ato de covardia escancarada reflete o descaso e incoerência da empresa, que faz marketing sobre compromisso social, mas demonstra frieza ao colocar 45 pais e mães de família na rua. Na imprensa, a empresa ameaçou continuar esse processo”, destaca.

O sindicato informou ainda que vai acionar a justiça para garantir a reintegração dos trabalhadores e evitar novas demissões, que podem chegar à 118 desligamentos.

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O deputado distrital Chico Vigilante (PT) disse que a venda da empresa pública para uma multinacional espanhola “só poderia ter esse resultado”.

“Essas empresas, ao comprar o patrimônio público, só têm um objetivo: ampliar a lucratividade, às custas da queda da qualidade do serviço e do emprego e salário dos trabalhadores. Foi assim em todos os estados onde empresas públicas com compromisso social foram alienadas ao capital privado”, aponta o deputado.

De acordo com Vigilante, o governador Ibaneis Rocha (MDB), “que na campanha eleitoral mentiu, prometendo não privatizar, tem o dever de se pronunciar e assumir suas responsabilidades perante a sociedade do DF”.

Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino