COMUNICAÇÃO POPULAR

Brasil de Fato RS lança edição impressa sobre resistência dos povos originários do Brasil

Neste abril de luta indígena e de intensa mobilização no Acampamento Terra Livre, as páginas dão voz aos donos da terra

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Reportagem conversa com lideranças das quatro etnias remanescentes no Rio Grande do Sul - Foto: Ƙaiti Topramre/@kaititopramrefoto/Cobertura Colaborativa APIB

Neste mês de luta dos povos indígenas, a edição impressa do Brasil de Fato RS, lançada neste dia 20 de abril, dá voz a elas e eles, que após cinco séculos da chegada do invasor, ganham as ruas e se tornam protagonistas da cena política. O jornal começa a ser distribuído a aldeias do Rio Grande do Sul e ao público em geral em Porto Alegre e cidades do interior.

Além da distribuição impressa, o jornal está disponível no nosso site em formato PDF. Clique aqui para acessar.


A 34ª edição impressa do Brasil de Fato RS está nas ruas e nas redes / Reprodução

:: Documento final do Acampamento Terra Livre 2022 traz propostas e demandas dos povos indígenas ::

Chegando à sua 34ª edição, a edição impressa gaúcha traz reportagens sobre a chegada dos indígenas na universidade, a luta em comum com os quilombolas e camponeses, as principais reivindicações do 18º Acampamento Terra Livre, o florescimento da produção cultural indígena, dicas de livros, charge e artigos de opinião.

Etnias

Nas suas páginas centrais, a reportagem conversa com lideranças das quatro etnias remanescentes no Rio Grande do Sul.

“Precisamos de terra demarcada e garantida. Pra plantar, pra viver em liberdade”, reclama o cacique André Guarani. “Não somos assistidos pela Funai [Fundação Nacional do Índio]. Falta estrutura para moradias e acesso à terra”, concorda Angela Charrua.

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“Queremos o nosso território, a nossa terra, a nossa mãe de volta. Queremos reconhecido o nosso direito de morar e viver na nossa casa”, repercute a cacica Cullung Veitchá Teie, da etnia Xokleng. Fernanda Kaingang pontua: “Muito antes do Brasil ser Brasil nós já estávamos aqui. O que celebramos é a nossa resistência, é nossa resiliência”.

 

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira