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É hora de decretar fim do estado de emergência sanitária? Acompanhe no Programa Bem Viver

Para especialista, decreto contraria ciência e abre margem para que o país perca o controle da pandemia

Ouça o áudio:

Aumento da circulação de pessoas e fim do estado de emergência preocupam especialistas - Tomaz Silva/ Agência Brasil
Que impactos medida do governo pode trazer para a saúde?

No último domingo (17), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga decretou em rede nacional o fim do estado de emergência sanitária devido na pandemia de covid-19. É hora de suspender a medida? Que impactos essa decisão pode trazer?

Para discutir essa e outras questões importantes sobre a pandemia, a edição de hoje (20) do Programa Bem Viver conversa com o virologista Rômulo Neri, que integra a Equipe Halo, uma iniciativa das Nações Unidas para fortalecer discussões científica sobre a pandemia.

Ele avalia que a decisão do governo federal contraria o entendimento da ciência e abre possibilidades para que o Brasil perca o controle da pandemia.

Ministério da Defesa

O Ministério da Defesa tem utilizado o dinheiro recebido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para em compras e contratações que não tem a ver com saúde. A pasta gastou pelo menos R$ 150 milhões em despesas como conserto de aviões e com a compra de equipamentos para escritórios das forças armadas no exterior.

As informações foram reveladas em um relatório elaborado pelo Conselho Nacional de Saúde, que aponta gastos exorbitantes dos militares como o reparo de aeronaves. Só a Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington, na capital dos Estados Unidos, gastou R$ 61 milhões com itens ligados ao conserto ou a suprimentos de aviação.

O Centro de Aquisições Específicas do Ministério da Defesa utilizou cerca de R$ 49 milhões do Ministério da Saúde com manutenção, reparo e combustível para aeronaves. A Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa gastou R$ 25 milhões com o mesmo tipo de despesa.

A nossa reportagem entrou em contato com o Ministério da Defesa e pediu explicações sobre os gastos. O órgão acusou recebimento da demanda, mas não respondeu os questionamentos.

Alimentação

“Comer é um ato político”. A origem dessa máxima está vinculada com a luta de movimentos populares do campo, que defendem que se alimentar com qualidade e soberania é um direito, assim como manter hábitos alimentares alinhados com a cultura das diferentes comunidades tradicionais do país.

No entanto, para ter autonomia alimentar é preciso ter terra para plantar e para produzir de acordo com os saberes tradicionais.

A edição de hoje do Programa Bem Viver aprofunda esse debate a partir da ótica dos povos indígenas Xukuru de Ororubá, que vivem na fronteira de Pernambuco com Paraíba. As famílias contam porque comer mandioca, por exemplo, não é simplesmente se alimentar, é também fortalecer identidade e resistência.


Confira como ouvir e acompanhar o Programa Bem Viver / Brasil de Fato

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

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Edição: Sarah Fernandes