Brasil em liquidação

TCU aprova leilão de Congonhas e outros 14 aeroportos; leilões devem acontecer ainda este ano

Autorização do Tribunal de Contas da União era o último obstáculo para concessão

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Aeroporto mais movimentado do país, Congonhas vai passar para a iniciativa privada - NELSON ALMEIDA / AFP

O último "obstáculo" que faltava para que o governo concedesse à iniciativa privada um dos aeroportos mais movimentados do país foi superado nesta quarta-feira (1º). A privatização do terminal de Congonhas, em São Paulo, foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As operações de concessão de outros 14 terminais também foram autorizadas.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o edital das privatizações deve ser publicado já neste mês de junho, e o leilão está previsto para acontecer ainda este ano, em algum momento do segundo semestre.

Os 15 terminais serão divididos em três blocos. O maior deles contará, além de Congonhas, com outros dez terminais: Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG). Ou seja: a empresa que arrematar a administração de Congonhas também ficará responsável por todos esses terminais.

O segundo bloco inclui dois terminais destinados a aviões de pequeno porte nas duas maiores cidades do país: Campo de Marte, na capital paulista, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. No terceiro bloco são oferecidos dois aeroportos em capitais da região Norte do país: Belém (PA) e Macapá (AP).

Inicialmente, o mesmo leilão incluiria também o aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio. Porém, a concessão do terminal ficou para 2023, quando ele deve ser concedido junto ao Aeroporto Internacional do Galeão, também no Rio, que foi privatizado em 2014 e cujo concessionário decidiu devolver a administração à União.

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A empolgação do governo com a entrega de mais uma parte do patrimônio público à iniciativa privada ficou clara no tweet da conta oficial do Ministério da Infraestrutura comunicando a aprovação das concessões pelo TCU: "Leilão à vista!", diz a animada mensagem, que estima "investimento" de R$ 7,3 bilhões durante a doação dos contratos – caso os concessionários os cumpram até o fim.

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho