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Transporte público

Obras do BRT da Avenida Brasil consumiram quase R$ 2 bilhões e têm atraso de cinco anos

Brigas políticas de gestões diferentes prolongaram o sofrimento da população carioca com engarrafamentos e poluição

26.jun.2022 às 15h06
Updated On 29.jun.2022 às 15h06
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda
Avenida Brasil

População precisará esperar até dezembro de 2023 para ver promessas de melhoria na mobilidade concretizadas - ITDP/Reprodução

Muitas promessas, muito dinheiro gasto e nenhuma garantia, até agora, de melhoria da vida de quem passa diariamente pela Avenida Brasil, a principal via do Rio de Janeiro, com 58 quilômetros cortando as zonas Oeste e Norte até chegar ao centro da capital. 

As obras do BRT Transbrasil, que pretendem solucionar o problema dos grandes engarrafamentos na via, começaram em 2015 e a previsão é que elas tivessem sido entregues em 2017. São cinco anos de atraso e o sistema, cuja nova previsão é começar a funcionar em 2023, já tem custo de quase R$ 2 bilhões.

Leia mais: BRT: população sofre com estações lotadas e falta de manutenção no Rio

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura do Rio, o BRT Transbrasil deveria ter sido entregue na gestão passada pelo então prefeito Marcelo Crivella (PRB). A Secretaria informou que as obras foram retomadas em agosto de 2021 do ano passado, já com a gestão de Eduardo Paes (PSD), que iniciou a reforma em seu primeiro governo.

Para Pedro Bastos, pesquisador de mobilidade urbana do Observatório das Metrópoles e doutorando em Planejamento Urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ), as desavenças e as disputas políticas estão entre os fatores para o atraso, já que o BRT é legado de Paes, como outras obras iniciadas na cidade com os Jogos Olímpicos de 2016.

“O BRT foi vilipendiado pela má gestão [de Crivella], má gestão que dura até hoje. Mas ele é uma solução inteligente, é aprovado e funciona em várias cidades do mundo. E é uma obra ambiciosa que precisa de um plano de contingência bem feito para impactar o mínimo possível na cidade”, analisa Bastos.

O pesquisador explicou que a Avenida Brasil, inaugurada em 1946, foi construída para facilitar a locomoção de pessoas, bens e mercadorias para fora da cidade, mas que se tornou “uma avenida extremamente perversa” para a mobilidade intraurbana.

“A via tem potencial gigantesco para ampliar a acessibilidade das pessoas à cidade, mas as pessoas que moram em bairros como Ramos, Olaria e também na zona oeste têm grande dificuldade de saírem de seus bairros e acessarem a via. É uma grande contradição”, afirma.

Para o pesquisador, a implementação do BRT Transbrasil não resolveria o problema das desigualdades sociais ao longo da via, mas tornaria menos difícil e mais equitativo o acesso a trabalho, lazer e cuidados médicos, “direitos fundamentais para a vida urbana”, complementa.

Reféns do CEP

Engenheiro e coordenador da Casa Fluminense, Vitor Mihessen acompanha de perto os percalços do BRT Transbrasil, mas também viveu na pele as dificuldades de quem precisa viajar diariamente pela Avenida Brasil. Durante a faculdade, ele morava em Realengo, na zona Oeste, e ia para a zona Sul.

“Na época, fiz os cálculos: em um ano, eu perdia 30 dias no trânsito na Avenida Brasil. As zonas Oeste e Norte não são lugares de passagem dos tomadores de decisão, essa obra não acaba não é à toa. Isso não aconteceria com uma obra na zona Sul, onde vivem os governantes. Pessoas periféricas e pretas ficam reféns de seus CEPs, que não são alvo de políticas públicas”, critica Mihessen.

Leia também: CPI dos Trens: Supervia confirma retorno da linha expressa Santa Cruz-Central do Brasil

Ele diz, ainda, que vê contradição na demora para entrega da obra. Segundo o engenheiro, as zonas Norte e Oeste da cidade, que seriam impactadas pela BRT Transbrasil, são as áreas mais populosas da cidade e as que elegem, portanto, os “ditos representantes”.

“É o mesmo poder público que, eleito, vai operar no modelo concentrador de oportunidades, concentrador de renda, da acumulação e isso se faz nos centros urbanos. Mas o que a Casa Fluminense defende é que essas oportunidades sejam expandidas”, afirma Mihessen.

O sistema

Ao Brasil de Fato, a Secretaria municipal de Infraestrutura informou que as obras terminam no fim de 2022, mas o terminal intermodal Gentileza, que vai ocupar o terreno do antigo Gasômetro, já chegando ao centro, só fica pronto em 2023 e a previsão do funcionamento total do sistema é dezembro de 2023.

A gestão atual está investindo mais R$ 430 milhões, o que totaliza cerca de R$ 1,89 bilhão de recursos investidos no total da obra. No total, serão 18 estações, quatro terminais – Deodoro, Margaridas, Missões e o intermodal Gentileza – e mais 22 intervenções como viadutos e alargamentos de pistas ao longo de 26km de via.

Segundo a Secretaria municipal de Transporte, além do ganho de tempo que se perde nos engarrafamentos da Avenida Brasil, a expectativa é que cerca de 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente no BRT Transbrasil até 2030.

Editado por: Mariana Pitasse
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