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Lula cresce e chega a 30 pontos de vantagem entre beneficiários do Auxílio Brasil, diz Quaest

Contrariando expectativas da base governista, Bolsonaro vê distância para petista aumentar no grupo que recebe benefício

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Ex-presidente inaugurou a campanha com discurso para trabalhadores na porta da fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo - Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve crescimento, entre julho e agosto, nas intenções de voto entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, benefício pago pelo governo federal, segundo nova pesquisa Quaest/Genial, divulgada na manhã desta quarta-feira (17).

O petista foi de 52% para 57% em 15 dias. Enquanto isso, a preferência pelo atual chefe do Executivo nesse grupo encolheu de 29% para 27% (oscilação no limite da margem de erro), na mesma base de comparação. A distância entre os dois no segmento, portanto, chegou a 30 pontos percentuais.


Intenções de voto no 1º turno da eleições presidenciais de 2022, entre beneficiários do Auxílio Brasil / Reprodução

O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, publicou análise em sua conta no Twitter apontando que 6 entre cada 10 eleitores não considera que as medidas econômicas do governo tinham o objetivo de ajudar a população, mas sim de garantir a reeleição do presidente.


Pergunta feita na pesquisa Quaest dá pistas sobre reação da população ao pagamento do Auxílio Brasil pelo governo Bolsonaro / Reprodução

Leia a análise:

Primeiro turno

O levantamento mostra que Lula segue com vantagem confortável na liderança da corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto, com 45% das intenções de voto. Na sequência, aparece o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%.

Em relação ao estudo publicado pela mesma empresa de pesquisa há 15 dias, os dois líderes da corrida presidencial oscilaram um ponto percentual positivamente.

Como Lula supera a soma de todos os outros candidatos (45% a 42%), ele venceria a eleição no primeiro turno, de acordo com o levantamento.

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Na terceira posição, está o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 6%. Atrás dele, aparece a senadora Simone Tebet (MDB), com 3%. O percentual de indecisos ficou em 6%. Brancos e nulos também somaram 6%.

Em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, que só ocorreria caso o atual presidente apresente crescimento na primeira rodada, Lula teria 51%, contra 38%.

A pesquisa, realizada pela Quaest para a Genial Investimentos, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 01167/2022. Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 11 e 14 de agosto, de forma presencial nas casas dos eleitores em 123 municípios nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. 

Edição: Vivian Virissimo